Relatório-reflexão do trabalho do semestre

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Nome: Daniel Vianna, Vivian Vieira e Talita Fujimoto
Relatório Global:
Os primeiros contatos com a escola, foram prejudicados por falta de comunicação quando teve o htpc., o mau atendimento de alguns funcionários da escola, a longa espera no portão da escola todas as vezes que íamos dar as aulas. Mas aos poucos, fomos aprendendo a lhe dar e nos adaptar a esses empecilhos.

Percebemos a importância da preparação e a realização dos experimentos antes de levarmos para a sala de aula. 

Em uma das turmas tivemos alguns problemas com a indisciplina, em parte foi bom para o aprendermos mais no estágio, assim vimos que não existem os alunos ideais e de certa maneira termos um jogo de cintura para resolver esse tipo de problema.

Esse estágio nos possibilitou entrarmos em contato com o ensino, que nos fez refletir sobre a responsabilidade de ensinar e sua importância.

De uma maneira geral esse semestre foi muito produtivo, e aprendemos muito em relação ao ensino. 
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Nome: Daniel Rodrigues Pinto
Relatório Global:

O primeiro semestre de estágio que passei na escola Andronico foi muito rico no que diz respeito ao adquirir experiência de como contornar os problemas encontrados ao dar aula e cumprir o objetivo previamente proposto. A experiência adquirida também é oriunda da relação direta com os alunos, que põe à tona quais são as ferramentas necessárias para serem usadas em sala de aula para intermediar a Física e o Aluno, de modo que não haja uma inserção de “verdades” em sua cabeça.

A experiência relativa ao enfrentamento das dificuldades do estágio mostrou que nem sempre há amparo por parte da organização administrativa, docente e discente, para com a atividade desenvolvida em sala de aula pelo professor. A falta de organização administrativa da escola, que em meu caso foi muito saliente no acesso a escola, o despreparo e o mal atendimento para com o estagiário, acabaram por me abrir os olhos e desmentir minha crença de que além de possível, não é difícil “nadar contra a maré” em busca de realizar um bom trabalho em sala de aula sem o apoio necessário fora da sala. A inacessibilidade da escola, juntamente com a falta de preparo dos funcionários da secretaria, acarretaram atrasos no início das atividades, que somado ao pouco tempo de aula, acarretaram a não conclusão da atividade previamente elaborada, prejudicando assim todo um programa de ensino continuado. Fato agravado mais tarde pela mudança repentina da grade horária dos alunos.

Dizer algo acerca do apoio docente nas atividades realizadas é um tanto quanto complicado, visto que a professora cujas aulas nos foram cedidas parecia estar com uma sobrecarga de trabalho, pois a mesma aproveitava o tempo designado para a realização das oficinas para adiantar atividades da burocracia acadêmica, como diário, provas e exercícios. Tal fato fez com que o papel de “estagiário” desenvolvido por meu grupo ficasse comprometido, visto que assumíamos a aula sozinhos, tomando assim um papel de professor, mesmo sem o adequado preparo e experiência.

O ganho de experiência na convivência direta com os alunos foi demasiado grande, pois dada a quantidade e principalmente a pluralidade de pessoas sob nossa responsabilidade, não havia sobrevivência, nem de nós estagiários, nem da atividade proposta, se não houvesse o famoso “jogo de cintura”, que não é tratado em nenhuma disciplina teórica na faculdade, mas mesmo que fosse, esta se mostraria demasiada ineficiente. O improviso na convivência com o aluno mostra a importância de se construir conjuntamente uma ideia, mesmo que essa tenha seus caminhos pré estabelecidos (no caso dos roteiros).

A aplicação dos roteiros em sala foi algo que se mostrou muito positivo, pois torna-se evidente a importância do preparo antecipado da aula para que o total improviso não faça com que os objetivos se turvem. Ao que me parece, o relativo sucesso dos roteiros tem como principal base a construção conjunta, mesmo que sem os alunos, mas com outros colegas que adquiriram diferentes experiências em sala de aula. Cada dificuldade por eles notada foi posta em pauta para decidir as diretrizes da atividade elaborada. O que acaba por mostrar que a troca de experiência entre professores é de crucial importância para a pré elaboração de uma (possível) boa aula. Fator negativo referente a relação escola estagiário, pois creio que se houvesse algum tipo de reunião com os já docentes, a atividade de estágio seria imensamente mais proveitosa no sentido de angariar experiência de ação em sala. Por sorte ou não, os alunos não se mostraram muito problemáticos no que diz respeito a relação estagiário aluno, apesar do imenso desinteresse de alguns, todos mostraram algum tipo de empenho, mesmo que insuficiente para a atividade.

De modo geral, sinto em dizer que houve mais experiências ruins que boas no que se refere a mostrar que a escola é uma entidade concisa com um objetivo claro, o que desanima a carreira docente, pois minha observação é que esta é praticamente impraticável sem apoio, ou sequer um plano grande de ação. Porém a convivência com os alunos se mostrou muito positiva ao mostrar que nem sempre o comportamento, por vezes incompreensível dos alunos indica um desinteresse geral para com a área de conhecimento estudado, mas que isso pode ser causado pela relação autoritária do professor para com o aluno, impondo a obrigatoriedade da realização de atividades, muitas vezes sem sentido para o aluno, já que por vezes foram construídas sem levar em conta qualquer experiência anterior com eles (alunos...).

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Nome: Carlos Eduardo Freitas, Natália Fiorini, Lucyano
Relatório Global:

Este estágio foi muito proveitoso para nós, pois foi a nossa primeira experiência como professor e a superação da timidez inicial foi um dos maiores obstáculos.

Inicialmente falaremos sobre a estrutura dos experimentos feitos neste estágio.

Comumente, os roteiros eram grandes e não previam algum tempo para uma revisão teórica ou uma breve introdução aos conceitos necessários para o bom entendimento da experiência.

Por isso, nas aulas nós suprimimos parte das experiências para ter um tempinho para relembrar os conceitos mais importantes para ser viável a realização da experiência visto que havia experimentos nos quais os alunos não tinha nenhum contato prévio em suas aulas durante o semestre.

Com relação a relação para com os alunos acreditamos que foi muito boa. Claro que no início sempre tem algum aluno que tenta “testar” o professor com relação ao conhecimento que tem ou com relação ao quanto de provocações ele aguenta, mas depois de superadas estas dificuldades através da conversa, os alunos demonstraram muito interesse nas aulas, muito mais do que eu imaginava.

Talvez pela fama da escola pública, fomos esperando um bando de retardados, mas felizmente nos surpreendemos muito ao ver que vários daqueles alunos com o devido encaminhamento poderão chegar à universidade.

Acho que deveria haver experimentos para demonstração que seriam executados pelo professor para mostrar a importância de um determinado conceito num determinado contexto. Por exemplo, na aula de identificar as forças que atuam num pedaço de papel picado deveria haver algo que trouxesse contexto. Nós falamos a história da queda livre de objetos da torre de Piza e fizemos aquele experimento no qual jogamos um livro e uma folha de papel e depois colocamos a folha de papel em cima do livro e assim conseguimos mostrar uma importância para o experimento que nós fizemos no dia.

Somando tudo concluímos que este semestre foi muito bacana e que o estágio acrescentou bastante para a nossa carreira docente.

 

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Nome: Aline de Angelo
Relatório Global:

O que aprendi:

Aprendi que realmente cada sala é diferente. Para uma aula ser boa e produtiva, temos que conhecer melhor os alunos (jeito e gosto deles). Por exemplo: damos a mesma experiência para duas 6ª séries diferentes. Em uma sala, a experiência foi um sucesso, eles adoraram, ficaram entretidos. Em outra, eles não gostaram, falaram que foi muito boba. A partir disso, começamos a tentar dar aula diferente para cada um (mesmo sendo a mesma experiência) tentando falar de assuntos diferentes na hora da explicação. É importante conhecer a sala e os alunos, e na hora da explicação, fazer comparação com exemplos bestas, mas com coisas que eles usam (ou presenciam) direto no dia a dia, isso os ajuda a memorizar melhor e entender o que estamos explicando. Além do que quando eles entendem o assunto e associam com algo que conhecem, eles ficam mais entretidos e curiosos.

Percebi que preparar a aula antes, com calma e dedicação, é fundamental, e muito mais fácil e produtivo quando já se conhece a turma, os alunos. E junto com preparar a aula, é importante sempre levar material reserva (como discutido em aula).

Quais estratégias obtiveram sucesso:

- Dividir a sala em grupos e cada estagiário ficar com um grupo (de no máximo 7 alunos). Isso é muito bom, pois damos bastante atenção para cada aluno e escutamos e resolvemos os problemas na hora.

- Corrigir o roteiro ao longo da aula, enquanto eles estão fazendo. Isso os ajuda a já perceberem o erro e assim nós, estagiários, já conseguimos explicar o conceito que eles entenderam errado.

- Sempre fazer uma introdução do assunto antes de começarmos a experiência e uma conclusão após.

- Colocar no final do roteiro para eles fazerem um resumo, explicando o que entenderam. Assim eles tem que pensar no que fizeram. As vezes quando eles leem: “Faça um resumo”, eles falam: “Mas eu não entendi nada, não sei o que escrever”. Ai quando começam a pensar e refletir, escrevem várias coisas (conceitos certos).

- Chamar os representantes de sala no começo da aula (antes de começarmos a experiência) para contar para os outros o que foi discutido nas reuniões. Eles se sentem importantes fazendo isso e os estimula a irem às reuniões e participarem.

Quais estratégias não deram certo, problemas que surgiram e planos para lidar com os mesmos no 2º semestre:

O que não deu certo: Terminar logo a aula (mesmo se for cinco minutos antes do término), pois eles ficam sem nada para fazer e isso gera tumulto, brigas e muita conversa.

No começo os roteiros e os matérias vieram errados, mas isso na 2ª experiência já foi consertado.

Os alunos não escreviam porque reclamavam que não tinham lápis, mas discutimos esse assunto nas reuniões e também resolvemos esse problema. Agora os alunos representantes pegam lápis na escola, distribuem para os colegas que não levaram e ao final da aula, os representantes recolhem e devolvem.

Alguns problemas que surgiram:

- Quando o laboratório estava sendo reformado, tivemos que ficar no refeitório e isso gerou muita bagunça. O tempo todo passava gente e os alunos queriam levantar para ir falar com os amigos. Nós tínhamos que praticamente gritar para explicar, pois como o espaço era muito grande, eles não escutavam. Os alunos ficaram bem distantes, então foi difícil controlar todos eles. Quase sumiu um laser, mas eu consegui ver a tempo. Então essa questão é muito importante e seria bom se não acontecesse de novo. Seria legal já ter uma 2ª opção. Por exemplo: Se não pudermos usar o laboratório, então poderemos usar a “sala X”. Pois se não a aula não rende quase nada.

- No dia da experiência “Abra a boca e feche os olhos” os alunos tinham que ficar de olhos fechados e nós colocamos alimentos na boca deles para adivinharem o que era. Mas um dos alimentos era cenoura e um menino odiava cenoura. Quando colocamos na boca dele, ele ficou desesperado. Isso é um tópico para prestarmos atenção das próximas vezes. Não só minha dupla mas como todos os outros grupos. Pois quando formos fazer alguma experiência, temos que nos programar antes para ver o que dar para os alunos. Por exemplo: e se eu levasse algum alimento que alguém tivesse alergia? É bom pensar nisso antes. Ver se alguém tem alergia ou não gosta de alguma coisa.

- Outro problema que aconteceu na última aula, em uma das 6ª série, foi com o Osvaldo. Como ele é “legal, bonzinho” e não briga com os alunos, eles estão zuando o nome dele. Ai os alunos não prestaram atenção na aula, ficaram rindo o tempo todo, e falando “Ovaldo, Ovaldo” a aula inteira, gerou um grande tumulto. Eu consegui controlar a situação no final da aula, brigando com eles. Mas não sei como será no próximo semestre.

- Um dia atrasamos 20 minutos para começar a aula, pois a caixa com o material da experiência estava em uma sala (trancada) e ninguém achava a chave, pois a mulher que “fica” com ela tinha saído. Já conversei com uma mulher da escola, mas no próximo semestre quero confirmar isso novamente. Pois essa chave tem que ficar em um lugar (a secretaria, como ficou combinado) para podermos pegá-la a hora que precisarmos.

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Nome: José Marcello e João Strasburg
Relatório Global: Neste semestre, aprendemos muitas coisas aplicando nossas atividades de estágio. Provavelmente a mais importante tenha sido a de como motivar os alunos a trabalharem. 
Com relação aos roteiros, percebemos que eles devem ser um guia básico, mas não substitui de nenhuma maneira uma explicação prévia do que vai ser feito, exatamente. Também não sabemos se por dificuldade ou preguiça, os alunos têm uma grande resistência a leitura, mesmo sendo alunos de 3o ano de Ensino Médio. O roteiro deve ser curto e objetivo, senão não será lido. Se ficar curto demais, questões que façam os alunos pensarem no final do experimento são bem vindas.
Também há problemas com a escrita. Não sabemos se por dificuldade ou preguiça, mas mesmo com o professor pedindo os roteiros preenchidos para contarem como parte da avaliação deles, muitos roteiros eram mal respondidos.
Para estimular os alunos a trabalharem, apresentamos o material com antecedência e se possível fazemos uma demonstração rápida. Quando o material é do tipo "monte você mesmo", como o dos circuitos elétricos, os alunos normalmente estão anciosos para começar a atividade. Mas caso contrário, eles têm menos interesse sem uma demonstração.
Constatamos também infelizmente que os alunos não conseguem fazer relações dos experimentos com o que vêem em aula. Mesmo o professor tendo dito que os alunos tinham acabado de ver a matéria relacionada a nossa experiência dos ímãs e LEDs, nenhum aluno conseguiu explicar o que estava acontecendo. 
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Nome: Lídia E. Santana e Marta de S. Rodrigues
Relatório Global:

Anteriormente ao início dos trabalhos na EMEF Amorim Lima, algumas das questões em aberto diante das atividades a serem desenvolvidas ao longo do semestre relacionavam-se: a abordagem ligada a temas de Ciências (e não Física, especificamente), o que exigiria de nós propostas de caráter mais interdisciplinar; ao perfil dos estudantes, considerando a menor faixa etária predominante (5ª série) e consequentemente questões ligadas ao comportamento em sala de aula; a proposta diferenciada da própria instituição escolar, com sua estrutura pautada em princípios democráticos.

Ao fim da experiência de aplicação dos quatro roteiros, percebemos que, de fato, precisaremos priorizar abordagens interdisciplinares. A expectativa dos alunos em relação ao conteúdo das atividades nos relevou a ausência da fragmentação que se constrói ao longo da vida escolar em relação ao conhecimento ser “decomposto” em disciplinas. Para atendermos aos interesses da turma em relação às atividades, temas variados envolvendo Geologia, passando por Astronomia e Química, precisariam ser contemplados. Tivemos ainda problemas relacionados a conflitos em sala de aula entre os alunos na ocasião em que a professora faltou. A impressão que fica até o presente momento é que a noção de respeito é estabelecida apenas a partir de uma autoridade imposta no grito (literalmente). Todavia, algo que pode estar relacionado à estruturação democrática da escola, é o fato de que os alunos em vários momentos demonstraram ter senso de coletividade.   

O que ficou claro foi o sucesso do trabalho com experimentação, dada a grande euforia decorrente das aulas experimentais. Os alunos são participativos, ate mesmo na ocasião da falta da professora houve interesse pela atividade. Ocorreram episódios onde os materiais do kit não foram devolvidos após o experimento, fato este que não foi tolerado pela professora, que chamou a atenção da turma. Em uma conversa foi estabelecido o acordo em que cada grupo da turma deveria eleger um aluno representante que se responsabilizaria pela entrega completa do material ao fim da atividade. Com esta medida, não ocorreram mais incidentes neste sentido.

O que mais chamou a atenção na pratica profissional com a realização dos estágios foi a dificuldade de preparar uma atividade experimental para trabalhar em sala de aula. Embora tenhamos que pensar na atividade e montar o experimento, temos toda a colaboração da oficina de física do instituto nos auxiliando com o material necessário, e temos também a colaboração do monitor tanto sanando duvidas quanto na organização dos kits. Na prática profissional, este auxílio não está presente, as escolas não contam com material, o professor não possui uma semana de folga de aulas para pensar nas atividades. Assim, estamos verificando o quanto este tipo de atividade é trabalhoso, mesmo que contemos com o auxílio de toda uma equipe. Entretanto, a percepção de que bons frutos estão sendo gerados é algo fundamental para que a aridez do caminho a ser percorrido possa ser enfrentada cotidianamente. 

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Nome: Rafael Simões / Derik Galante
Relatório Global: O estágio desenvolvido na EESG Andronico de Melo nesse primeiro semestre apresentou um aproveitamento mediano por parte dos alunos, mas satisfatório.
Os alunos traziam, como conhecimento prévio teórico dos temas, conceitos relativamente consolidados na sala de aula, muitas vezes com algumas incorreções, e quase sempre com dificuldade pela maioria em relacionar esses conceitos com as aplicações experimentais.
Em quase todas as experiências os alunos não conseguiam se articular de maneira coordenada e eficiente dentro do grupo, o que acarretava na não conclusão das atividades propostas dentro do tempo disponível, sugerindo que na sequência do estágio deva ocorrer uma reformulação das atividades, com redução no volume de trabalho.
Com pouquíssimas exceções, não houve dificuldade por parte dos estagiários com problemas disciplinares ou na boa vontade com as propostas por parte dos alunos, o que foi fundamental para os trabalhos.
Pairou nos estagiários uma incerteza na forma de conduzir o auxílio aos grupos durante os experimentos e resolução dos relatórios, a saber: as intercessões deveriam ser mais direcionadas, já realizando as conexões necessárias e elucidando os pontos chave, ou deveriam deixar em suspenso os alunos, propondo que eles solucionassem problemas mais abertos, em que deveriam descobrir as relações teoria/experimento mais independentemente? É claro que muito mais construtivo e profícuo seria que os alunos tivessem mais autonomia e trabalho intelectual para construir as hipóteses e criticá-las internamente no grupo, baseadas nas teorias estudadas. Porém, como eles, em sua maioria, se mostravam pouco afeitos a esse exercício investigativo, apenas se restringindo a executar as etapas do experimento descritas no relatório, e até mesmo respondendo às perguntas mais construtivas de maneira um tanto negligente e pouco crítica, com inconsistências conceituais, os estagiários se viram compelidos a induzir as respostas e corrigir os erros observados, até mesmo pelo tempo ser muito exíguo, em que os alunos, sem essa intercessão, iriam de maneira muito rápida transpor os temas apresentados e certamente passariam despercebidos pelos erros, sem estímulo algum para uma melhor reflexão posterior, e após entregarem os relatórios, a impressão é de que pouco ou nada se acrescentaria. De qualquer forma, induzir essas respostas também parece muito pouco contribuir com o aprendizado consistente dos alunos. Pelas razões expostas, a dúvida sobre qual deveria ser a ação dos estágiários permaneceu.
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Nome: André Luiz Viana Borges (# USP 540377)
Relatório Global:

Primeiramente, devo reconhecer que após essa experiência no Andronico muitos de meus (pré?)conceitos quanto a dar aulas em escolas públicas foram revistos, em especial no que tange à questão de disciplina. Considero que, devido a meu histórico de vida e minha própria experiência escolar eu mesmo desdenhava as condições e mesmo a duvidava da possibilidade de obter bons resultados. Posso dizer, hoje, que vejo que estive errado e que sim, quando há condições é possível desenvolver bons trabalhos qualquer que seja a escola. Pode demandar maior ou menor esforço, mas é possível.

Devido mesmo ao estado em que se encontra a sociedade atual, é importante que o professor saiba agir de forma a ajudar o aluno em sua construção, seja de suas relações pessoais, sociais, seja de suas relaçõe de e com o conhecimento. E conforme discutimos no início do curso, os alunos vêm com uma grande carga de conhecimentos prévios, alguns corretos, outros vindos do senso comum. Tem sido interessante avaliar e lidar com essa carga de conhecimento, muitas vezes diversa da que estou acostumado a ver em meus próprios alunos.

O intercâmbio de idéias com colegas com diversos níveis de experiência didática e profissional, também tem se mostrado bastante frutífero, e tem ajudado a desenvolver um bom jogo de cintura, para usar as palavras de meu colega Carlos Honorato.

Algo que gostaria de poder trabalhar melhor com esses alunos é a questão da interdisciplinaridade. Penso que é um caminho difícil, por depender da vontade de muitas pessoas e que especialmente em um projeto de estágio é mais complexa a organização dessas atividades, mas ao mesmo tempo pode ser muito gratificante, ao permitir que o aluno possa, dinamicamente, estabelecer pontes entre diversos assuntos que aprendeu, contextualizando seu aprendizado em situações que, se não serão encontradas em seu cotidiano, pelo menos influirão para que seja capaz de tomar decisões coerentes em suas próprias situações.

Acredito, francamente, que o curso aaté agora tem agregado muito a minha perspectiva de aprimorar-me como um bom profissional, um bom professor.

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Nome: Ferenc Diniz Kiss
Relatório Global: Percebo este estágio como oportunidade enriquecedora para minha formação como educador, especialmente no que tange a aplicação de atividades experimentais. A discussão e elaboração conjunta dos roteiros e sua aplicação em sala de aula trouxe um novo olhar para a construção desta atividade, tendo em vista o tempo para sua realização, o público alvo e o ambiente de trabalho (laboratório da escola).
A aplicação da atividade na escola pública tem um significado próprio, tanto educacional, devido ao perfil dos estudantes, do professor e da estrutura da escola, como político, devido a importância da escola e do ensino público.
Foram quatro visitas a escola, sendo três delas com aplicação dos roteiros em sala de aula. Na primeira visita, identificamos, junto a Profa. Danila, que os roteiros propostos e os conteúdos abordados não eram compatíveis. De posse do conteúdo, propusemos outros roteiros mais próximos dos conteúdos. Para o 1ºQ os três roteiros eram, respectivamente, sobre vetores, forças e aceleração, e para o 2ºM os roteiros eram, respectivamente, sobre termologia, equilíbrio térmico e calorimetria.
Tivemos problemas na aplicação de praticamente todas as atividades, ou não tinha mais roteiro ou não tinham os materiais, ou os dois. Mesmo assim, com o improviso do grupo foi possível realizar, naturalmente com certo prejuízo, as atividades proposta. Percebemos também que, de maneira geral, os roteiros estão superdimensionados para o tempo de 45min das aulas. Vale reduzi-los para viabilizar a execução completa em sala, evitado a sensação de incompletude da tarefa, tanto pelos estagiários e professora, quanto pelo aluno.
De forma geral as inserções em sala de aula foram muito bem recebidas, tanto pela professora como pelos alunos. Praticamente não tivemos problemas de indisciplinas e, de acordo com a professora Danila, as aulas no laboratório eram esperadas com entusiasmos pelos alunos. A professora também percebeu melhoras na relação e participação dos estudantes nas aulas de física, além das realizadas no laboratório.

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Nome: Tamar e Maristela
Relatório Global:

Ao analisarmos nossa experiência no semestre passado com os primeiros anos do ensino médio, da escola Andronico, percebemos a fundamental importância da disciplina Práticas de Ensino, por nos proporcionar uma maior proximidade da realidade da escola pública e do professor na relação com os alunos no processo de Ensino-Aprendizagem.

Não encontramos dificuldades no desenvolver dos experimentos realizados no laboratório da escola, acreditamos que os problemas residam na visão que alguns alunos tinha ou tem da Física , de que é algo chato, difícil que não tem nada a ver com a realidade deles ou mesmo que nunca iram usá-la para nada.

Diante desta visão , realmente fica difícil ensinar ou aprender não só física mas qualquer coisa. Então como mudar esta forma negativa de ver tal disciplina? Será que um bom argumento funcionaria? Talvez. Mas o que constatamos foi que uma pergunta pode ser respondida com outra pergunta. Assim, por exemplo, quando um aluno indaga por que ele deve estudar física ou para que serve, nós o perguntamos: por que dois corpos de massas diferentes chegam ao mesmo tempo no chão.

Se ele conseguir responder ficaremos satisfeitos, se não, pensaremos juntos e construiremos o conceito a partir de uma discussão. Com isto evitamos cair na lógica das justificativas rápidas e prontas, aceitas num primeiro momento , mas que não surtem efeitos com o tempo. Pois , ser professor não significa dar respostas ou justificativas a todo instante, mas sim direcionar os alunos para que as encontre, visamos desta forma, desenvolver não apenas um espírito científico como também um ser pensante.

Baseado nestas convicções exploramos ao máximo a dialética do Ensino-Aprendizagem procurando sempre levar em conta as opiniões dos alunos, seja por meio de perguntas, desafios, curiosidades, aplicação da física na vida prática, todo tipo de instrumento ou estratégia que permita que a distância ou barreira, criada por uma perspectiva errada, possam não mais existir entre a física e os alunos.

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