Relatório-reflexão do trabalho do semestre
Nome: | Relatório Global– Amorim Lima |
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Fabiano A. Nunes - nºusp: 5897104 - fabiano.nunes@usp.br Felipe Leonardo Ferreira - nºusp: 6452617- (felipe_windcold@hotmail.com) Antes da primeira visita à escola Amorim Lima, podemos afirmar que carregávamos um certo preconceito engendrado por nossas experiências como alunos nas escolas públicas que nos formamos. A surpresa foi grande, diferente do modelo de escola que conhecíamos nos deparamos com uma estrutura que visa ao máximo ser democrática, com uma diretora que tenta sempre estar presente e professores que procuram buscar nas rodas de conversa a resolução dos problemas. Este modelo democrático foi inspirado na Escola da Ponte de Portugal, porém, diferente desta o Amorim não dispõem de tantos recursos. De um modo geral, nossas experiências na escola estão sendo bastante positivas. As turmas que trabalhamos foram a 7ªsérie A e 7ªsérie B, elas são relativamente pequenas,de aproximadamente vinte alunos por turma, o que facilita de forma significativa o nosso trabalho. Alguns grupos relataram o desaparecimento de materiais durante as atividades, problema que ainda não nos perturbou até agora. Um entrave que tivemos que enfrentar foi quando um aluno, na primeira experiência, esquentou a ponta seca do compasso na chama da vela e tentou furar um de seus companheiros de classe, não conseguimos pensar em outro modo de agir a não ser ter pulso firme e repreender o garoto tirando-lhe da mão o compasso. Esse é o único aluno com histórico de problemas de indisciplina mais proeminente nas turmas. A solução que encontramos foi aumentar a vigilância de objetos potencialmente perigosos e a atenção aos seus atos, principalmente quando a atividade envolvia algum objeto que ele pudesse usar para ferir os colegas. A escola já tentou de tudo com ele, embora nossa estratégia não seja a melhor, foi o que conseguimos pensar em curto prazo para resguardar o bem estar dos outros alunos durante as atividades. Outro problema que nos deparamos foi o extravio dos kits de duas das experiências, não houve outra alternativa a não ser improvisar com materiais de outros kits para não perdemos o dia de atividade. Nesses dias de improvisação notamos que a turma tem certa inclinação por atividades artísticas, eles gostaram muito de usar o lápis de cor para pintar os histogramas, e claro, adoram experiências que envolvam velas e fogo por serem bem visuais, por torná-los parte do processo de aprendizagem. Mesmo não utilizando materiais muito vistosos a solução que encontramos para que não houvesse desaparecimento de equipamentos foi: no momento da distribuição nós delegávamos a um aluno do grupo a responsabilidade por aqueles materiais, como dissemos acima, em nossas turmas até agora não houve problemas dessa natureza. Essa estratégia foi utilizada, outrora, por professores do Senai (Serviço Nacional da Industria), quando fomos alunos em cursos de aprendizagem industrial, e sempre funcionara. Já com relação aos objetos pontiagudos ou que de alguma forma pudessem desviar a atenção dos alunos, nossa atitude foi de recolhê-los imediatamente após o uso. Como exemplo podemos citar a vela, que mesmo não sendo tão perigosa, poderia ser utilizada por alguns alunos em decorrência da perca de atenção por conta de brincadeiras com a cera da vela. Sobre a explicação do conteúdo teórico da atividade nós procedíamos da seguinte forma: se os conceitos fossem muito complexos, havia uma explicação inicial fornecendo subsídios para que os alunos pudessem realizar a atividade e no decorrer dela completar o quebra-cabeça; se os conceitos fossem mais simples deixávamos que eles mesmos os explorassem durante a realização da atividade. Vale ressaltar que não houve um procedimento rígido em relação à explicações para todos ou diretamente aos grupos, ou seja, se fosse possível explicar os conceitos do experimento aos grupos em particular a explanação à sala deixava de ser feita e vice-versa. Tudo isso, visou o dinamismo e a construção de vínculos com o corpo discente. A professora de ciências Marymar sempre nos apoiou na medida do possível, e teve uma prática interdisciplinar muito importante no que refere-se às atividades relacionadas como conteúdo das aulas de ciências que ela ministrava durante a semana, de forma que houve uma abordagem de pontos de vista diferentes no campo da ciência. Esperamos que no segundo semestre possamos dar seguimento em nossas atividades e superarmos os eventuais problemas da melhor forma possível. Inclusive, pensamos que as práticas decorrentes do Cogen tem papel fundamental neste processo de superação de todos esses obstáculos. Afinal, nas reuniões nota-se empenho e dedicação de boa parte dos alunos e a apresentação de problemas, angústias e expectativas em relação às, turmas aulas e oficinas é fundamental no papel de reflexão que nós professores devemos estimular.
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Nome: | Claudemir M. Andrade |
Relatório Global: | Síntese das atividades do primeiro semestre Na ultima atividade eu levei um experimento de demonstração para os alunos, pois gostaria de verificar como os conceitos e concepções sobre os fenômenos que eles observavam, se relacionavam com o conhecimento já existente nas estruturas cognitivas. Também via esta atividade como uma oportunidade de dialogar um pouco mais com eles. Como o tempo de cada aula é de apenas 50min, sempre faltava tempo para conversarmos no fim de cada atividade. Em geral eles trabalham bem, no decorrer da atividade, eu círculo entre eles para acompanhar o desenrolar do experimento. As turmas são pequenas, em torno de 30 alunos, até é possível acompanhar os poucos grupos que se formam, mas mesmo assim eu gostaria de discutir melhor as dificuldades com que eles se deparam. Infelizmente, no dia da visita a escola, estava chovendo muito e por várias vezes ficamos as escuras. Mesmo assim considero que o resultado global foi muito positivo. Alguns elementos mostraram que eles estavam acompanhando, compreendendo e interessados pela atividade. A maioria acompanhava a discussão perguntando e respondendo as minhas e perguntas, e quando alguém questionava algo, eu repassava a pergunta para que eles tivessem a oportunidade de refletir e chegar, através da minha mediação, a solução dos problemas. Eu reconheço que a atividade de demonstração investigativa, onde os alunos têm a oportunidade para a construção científica de um dado conceito ligado ao fenômeno observado, antes de qualquer coisa, ela precisa ser pensada, pois é necessário distinguir o fenômeno do conceito, o qual já é uma abstração do fenômeno, sendo necessária uma aula posterior para traduzir os conceitos para uma linguagem matemática. E no nosso caso esta aula infelizmente não esta disponível. Contudo, pode-se usar os experimentos semi aberto, onde os alunos têm a oportunidade de perceber os fenômenos, com um pouco mais de liberdade para escolher quais são as variáveis mais importantes e que caracterizam o fenômeno, aliado com os experimentos de demonstração investigativa. Em relação à contribuição desta disciplina a minha formação, penso que muito veio a contribuir para pensar a atividade docente e de certa forma facilitar para o momento em que de fato eu for assumi uma ou mais sala de aula. As dificuldades no Virgilia não se comparam com a que me deparei com o Alberto Torres. De certa forma foi muito mais fácil assumir as turmas no Virgilia. Houve poucos contratempos nos primeiros contatos, por ser uma escola que tradicionalmente já recebem os alunos de praticas, não foram difíceis os primeiros contatos. A única coisa que de fato sinto falta é de uma maior troca de experiência com o professor. Penso que ele tem muito a contribuir para minha formação, e seria uma ótima oportunidade de aprendizado para ambas as partes. No entanto, ele não assisti as aulas e isto dificulta o diálogo, não há uma troca de experiência, nem da para garanti uma uniformidade entre o que é visto na teoria com os experimentos práticos. Os alunos gostam muito das atividades, mas não respondem aos meus pedidos. Sempre que fica atividade para casa, poucos ou nenhum entregam. Estou preocupado, porque ainda não consegui um método eficaz de fazê-los trabalhar enquanto estou fora. Uma possibilidade talvez fosse pedir ao professor que atribuísse nota as atividades corrigidas por mim. Mas ainda tenho a esperança de que encontrarei uma forma de conquistá-los sem ter que persuadi-los com prêmios ou ameaças. Por uma confusão minha de datas, eu não me despedir no que seria a última atividade do semestre, coisa que só fiquei sabendo na aula comum de Práticas. Neste mesmo dia fui a escola para me despedir deles. Foi bem calorosa a despedida, sendo que uma das turmas os alunos bateram palmas enquanto eu ia embora. Algo inusitado é que deixei um endereço de e-mail para que eles pudessem me escrever descrever o quanto as atividades influenciaram no aprendizado e quão representativas foram as atividades que nós levamos para eles. Para minha surpresa o endereço já existia: praticas2011@gmail.com. Eu cheguei a criar outro e-mail e mandei para o professor pedindo que ele repasse para os alunos, mas até agora não obtive respostas.
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