Relatório-reflexão do trabalho do semestre

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Nome: Jairo Mendes da Silva
Relatório Global:

A princípio achei as atividades de laboratório muito superficiais, questionava a abordagem de conceitos que para mim faziam parte do universo dos alunos, entretanto no decorrer das oficinas fui percebendo que partindo-se de experimentos aparentemente simples pode-se direcionar o desenvolvimento do conteúdo de forma mais profunda como de fato ocorreu na atividade de laboratório onde tivemos que consultar alguns livros pois o fenômeno abordado não era dominado pelo grupo constituído por estudantes de Física, quanto mais seria por estudantes de ensino médio que em sua maioria sequer tem alguma afinidade com Física.

O estágio na escola se resumiu a uma unica aula por motivos diversos, sendo uma unica vez por minha culpa devido um mal entendido quanto a disponibilidade da professora da escola para realizar a aula referida.

conclusão

As aulas teóricas forneceram uma ótima base para o desenvolvimento e entendimento das atividades de laboratório e a aula propriamente dita na escola.

A matematização da Física que eu inicialmente achei que fariam falta nas atividades foram gradativamente sendo compreendidas quando durante o curso e posteriormente na sala de aula, momento que percebi a importância da formação do conceito como ferramenta para se aprofundar o ensino de física e o papel dos experimentos na escola na formação desse conceito.

Dessa forma o meu julgamento inicial das aulas de laboratório mudou durante o curso e passei a compreender melhor a metodologia utilizada.

O laboratório se mostrou muito completo para o objetivo a que se propõe, entretanto como sugestão de melhoria dada a diversidade de conhecimentos dos estudantes envolvendo eletrônica, eletricidade,mecânica, ótica etc.

A opção de um projeto de algum equipamento envolvendo o ensino de física que posteriormente seria doado a universidade para as turmas posteriores utilizarem nas escolas.

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Nome: Gabriel R. A. Silva e Bruno G. Rosa
Relatório Global: Trabalhamos com duas turmas de 1º ano, período vespertino, no Andronico. Os experimentos realizados foram:

1) velocidade no tubo;
2) vetores;
3) jogo de bolinhas;
4) aceleração na descida.

No início não estávamos entendendo bem a proposta da disciplina. A princípio nos pareceu que a idéia era repetir roteiros que outros grupos fizeram no ano anterior e propor outros à posteriori, para o ano que vem. Felizmente não fizemos isto, desde o primeiro experimento modificamos os roteiros de acordo com as oficinas.

Houve certo desencontro por questões de horário, incluindo conflito com outro grupo, o que nos levou a realizar os dois últimos experimentos na semana de oficina. No terceiro experimento só conseguimos atender uma turma na semana destinada a aula, por isso fomos na semana seguinte para fazer o trabalho com a outra. Já no quarto não foi possível atender nossas turmas na semana correspondente, acabamos comparecendo no mesmo dia e horário da semana subsequente.

Não chegamos a planejar nenhum dos roteiros junto com o professor. Esperamos poder fazer isso agora no segundo semestre.
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Nome:
Relatório Global:

Práticas de ensino de Física

 Prof.ª Vera Henriques

Reflexão do trabalho do semestre

– Amorim Lima -

 

Fabiano A. Nunes - nºusp: 5897104 

Felipe Leonardo Ferreira - nºusp: 6452617

 

Antes da primeira visita à escola Amorim Lima, podemos afirmar que carregávamos um certo preconceito engendrado por nossas experiências como alunos nas escolas públicas que nos formamos. A surpresa foi grande, diferente do modelo de escola que conhecíamos nos deparamos com uma estrutura que visa ao máximo ser democrática, com uma diretora que tenta sempre estar presente e professores que procuram buscar nas rodas de conversa a resolução dos problemas.

Este modelo democrático foi inspirado na Escola da Ponte de Portugal, porém, diferente desta o Amorim não dispõem de tantos recursos. De um modo geral, nossas experiências na escola estão sendo bastante positivas. As turmas que trabalhamos foram a 7ªsérie A e 7ªsérie B, elas são relativamente pequenas,de aproximadamente vinte alunos por turma, o que facilita de forma significativa o nosso trabalho.

Alguns grupos relataram o desaparecimento de materiais durante as atividades, problema que ainda não nos perturbou até agora. Um entrave que tivemos que enfrentar foi quando um aluno, na primeira experiência, esquentou a ponta seca do compasso na chama da vela e tentou furar um de seus companheiros de classe, não conseguimos pensar em outro modo de agir a não ser ter pulso firme e repreender o garoto tirando-lhe da mão o compasso. Esse é o único aluno com histórico de problemas de indisciplina mais proeminente nas turmas. A solução que encontramos foi aumentar a vigilância de objetos potencialmente perigosos e a atenção aos seus atos, principalmente quando a atividade envolvia algum objeto que ele pudesse usar para ferir os colegas. A escola já tentou de tudo com ele, embora nossa estratégia não seja a melhor, foi o que conseguimos pensar em curto prazo para resguardar o bem estar dos outros alunos durante as atividades.

Outro problema que nos deparamos foi o extravio dos kits de duas das experiências, não houve outra alternativa a não ser improvisar com materiais de outros kits para não perdemos o dia de atividade. Nesses dias de improvisação notamos que a turma tem certa inclinação por atividades artísticas, eles gostaram muito de usar o lápis de cor para pintar os histogramas, e claro, adoram experiências que envolvam velas e fogo por serem bem visuais, por torná-los parte do processo de aprendizagem.

Mesmo não utilizando materiais muito vistosos a solução que encontramos para que não houvesse desaparecimento de equipamentos foi: no momento da distribuição nós delegávamos a um aluno do grupo a responsabilidade por aqueles materiais, como dissemos acima, em nossas turmas até agora não houve problemas dessa natureza. Essa estratégia foi utilizada, outrora, por professores do Senai (Serviço Nacional da Industria), quando fomos alunos em cursos de aprendizagem industrial, e sempre funcionara.

Já com relação aos objetos pontiagudos ou que de alguma forma pudessem desviar a atenção dos alunos, nossa atitude foi de recolhê-los imediatamente após o uso. Como exemplo podemos citar a vela, que mesmo não sendo tão perigosa, poderia ser utilizada por alguns alunos em decorrência da perca de atenção por conta de brincadeiras com a cera da vela.

Sobre a explicação do conteúdo teórico da atividade nós procedíamos da seguinte forma: se os conceitos fossem muito complexos, havia uma explicação inicial fornecendo subsídios para que os alunos pudessem realizar a atividade e no decorrer dela completar o quebra-cabeça; se os conceitos fossem mais simples deixávamos que eles mesmos os explorassem durante a realização da atividade. Vale ressaltar que não houve um procedimento rígido em relação à explicações para todos ou diretamente aos grupos, ou seja, se fosse possível explicar os conceitos do experimento aos grupos em particular a explanação à sala deixava de ser feita e vice-versa. Tudo isso, visou o dinamismo e a construção de vínculos com o corpo discente.

A professora de ciências Marymar sempre nos apoiou na medida do possível, e teve uma prática interdisciplinar muito importante no que refere-se às atividades relacionadas como conteúdo das aulas de ciências que ela ministrava durante a semana, de forma que houve uma abordagem de pontos de vista diferentes no campo da ciência. Esperamos que no segundo semestre possamos dar seguimento em nossas atividades e superarmos os eventuais problemas da melhor forma possível. Inclusive, pensamos que as práticas decorrentes do Cogen tem papel fundamental neste processo de superação de todos esses obstáculos. Afinal, nas reuniões nota-se empenho e dedicação de boa parte dos alunos e a apresentação de problemas, angústias e expectativas em relação às, turmas aulas e oficinas é fundamental no papel de reflexão que nós professores devemos estimular.

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Nome: Guilherme / Erich
Relatório Global: Nas nossas visitas a escola, aprendemos a trabalhar com um público diferente da maioria das escolas do Brasil. EJA ( Ensino de jovens e adultos ) foi um desafio pois algumas pessoas tinham muito défict em algumas partes na base para a Física, ou seja, a matemática, então tivemos que voltar um pouco e explicar alguns conceitos e regras de matemática para ficar mais fácil. Não só exatas, Língua Portuguesa também eles tinham muita dificuldade para pronunciar. Percebemos isso na conversa deles conosco.

Não tivemos muito sucesso nas nossas idas a escola, ou melhor, tivemos mais frustrações do que sucesso. Alguns dos experimentos não deram certo, porque não havia materiais descentes para nossas apresentações em sala de aula. Um exemplo é a pilha. Deram-nos pilhas vazando produto químico, ou algumas com a bateria muito fraca, o que impossibilitava de acender as lâmpadas. Isso não era o problema mais sério. O que mais ficamos desapontados e obviamente mais bravos foi a troca dos experimentos, pois tínhamos treinado o experimento A na quinta-feira(oficina) e chegamos lá, havia o experimento B. Não sabíamos nem do que se tratava aquele experimento e sem treiná-lo antes ficaria impossível realizar uma boa aula. Claro, a aula foi uma porcaria. A única experiência que deu certo foi a Biruta Elétrica, o que é SIMPLES mostrar com um canudo e um papel(talvez seja por isso que deu certo).
Acho que os responsáveis pelos materias estarem ou não na escola e no perfeito estado de uso deveriam se preocupar um pouco mais, pois quem passa vergonha e "dá a cara pra bater" somos nós, os ESTAGIÁRIOS.

Resumindo, sentimos que não fizemos um trabalho bom com os alunos, ou seja, mostrar experimentalmente os problemas da física, as aplicações(que são muito pouco ou não faladas em sala de aula - USP). Deixamos passar a oportunidade de encantá-los com aquilo que é palpável na Física. Tudo isso foi um problema nosso? Achamos que não. Isso é um problema de organização, cujas nossas pessoas não tem nada a ver com isso. Nossa função? Ir até a escola e realizar o experimento com sucesso, claro, se este estiver lá e em bom estado de uso.

Expectativa para este semestre? Não nos surpreendermos novamente com estas falhas citadas acima. Mesmo assim, se tudo estiver perfeitamente pronto para uma realização boa dos experimentos, a princípio não teremos expectativa alguma, pois nossas turmas simplesmente sumiram por um motivo burocrático entre diretora e professora da escola. Novamente nós, que não temos nada a ver com a história, "pagamos o PATO".


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Nome: Thiago e Gilberto
Relatório Global: A escola:
A primeira impressão que tivemos da escola foi a de "pouco caso" com respeito aos estagiários, pois diversas vezes (isto desde o 1° dia) dificultava a nossa entrada na escola já que não havia pessoa alguma no portão que permitisse nossa entrada na escola, cabia também somente a nós saber para qual sala e com que professor iríamos trabalhar, ou seja, dava a entender que não houve um diálogo anterior as visitas entre, escola e universidade. Também houve um dia em o professor faltou e fizemos o que seria a nossa parte, a de assumir a sala e aplicar o devido experimento, porém a sala que tivemos de entrar era uma turma diferente da qual vinhamos trabalhando; houve problemas de indisciplina e diversas vezes a aula foi interrompida para entrega de material didático (algo dispensável no momento e que poderia ser realizado em outra ocasião). No geral parecia que eramos intrusos.

As turmas:
No geral não notamos qualquer tipo de atitudes que fugissem do comportamento de adolescentes do 1° ano do ensino médio. Notamos alguns alunos mais a frente que outros; notamos que havia alguns que estavam na escola por estar; e notamos também alguns alunos que aparentemente não queriam nada com nada, porém com o passar das aulas se mostraram mais interessados em desenvolver as atividades.

A aplicação dos roteiros e realização dos experimentos:
A nossa observação com relação a alguns dos experimentos de maneira geral foram realizados de maneira satisfatórias e para isso nos concentramos no objetivo principal do roteiro, de analisar um determinado tema sem abranger outros relacionados a ele, citando por exemplo o experimento de colisões (com as bolinhas de gude) no qual somente falamos sobre a conservação do momento. Porém nem todos os trabalhos tiveram o resultado desejado, o que foi o caso do experimento "vetores por toda parte", que embora parecesse uma abordagem simples sobre vetores, tornou-se confuso para os alunos, que não sabiam o que era um vetor e também não conseguiram compreender através deste roteiro para que servia uma decomposição vetorial, e que por fim foi de pouca aceitação pelos alunos.

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Nome: Relatório Global– Amorim Lima
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Fabiano A. Nunes - nºusp: 5897104 - fabiano.nunes@usp.br

Felipe Leonardo Ferreira - nºusp: 6452617- (felipe_windcold@hotmail.com)



Antes da primeira visita à escola Amorim Lima, podemos afirmar que carregávamos um certo preconceito engendrado por nossas experiências como alunos nas escolas públicas que nos formamos. A surpresa foi grande, diferente do modelo de escola que conhecíamos nos deparamos com uma estrutura que visa ao máximo ser democrática, com uma diretora que tenta sempre estar presente e professores que procuram buscar nas rodas de conversa a resolução dos problemas.

Este modelo democrático foi inspirado na Escola da Ponte de Portugal, porém, diferente desta o Amorim não dispõem de tantos recursos. De um modo geral, nossas experiências na escola estão sendo bastante positivas. As turmas que trabalhamos foram a 7ªsérie A e 7ªsérie B, elas são relativamente pequenas,de aproximadamente vinte alunos por turma, o que facilita de forma significativa o nosso trabalho.

Alguns grupos relataram o desaparecimento de materiais durante as atividades, problema que ainda não nos perturbou até agora. Um entrave que tivemos que enfrentar foi quando um aluno, na primeira experiência, esquentou a ponta seca do compasso na chama da vela e tentou furar um de seus companheiros de classe, não conseguimos pensar em outro modo de agir a não ser ter pulso firme e repreender o garoto tirando-lhe da mão o compasso. Esse é o único aluno com histórico de problemas de indisciplina mais proeminente nas turmas. A solução que encontramos foi aumentar a vigilância de objetos potencialmente perigosos e a atenção aos seus atos, principalmente quando a atividade envolvia algum objeto que ele pudesse usar para ferir os colegas. A escola já tentou de tudo com ele, embora nossa estratégia não seja a melhor, foi o que conseguimos pensar em curto prazo para resguardar o bem estar dos outros alunos durante as atividades.

Outro problema que nos deparamos foi o extravio dos kits de duas das experiências, não houve outra alternativa a não ser improvisar com materiais de outros kits para não perdemos o dia de atividade. Nesses dias de improvisação notamos que a turma tem certa inclinação por atividades artísticas, eles gostaram muito de usar o lápis de cor para pintar os histogramas, e claro, adoram experiências que envolvam velas e fogo por serem bem visuais, por torná-los parte do processo de aprendizagem.

Mesmo não utilizando materiais muito vistosos a solução que encontramos para que não houvesse desaparecimento de equipamentos foi: no momento da distribuição nós delegávamos a um aluno do grupo a responsabilidade por aqueles materiais, como dissemos acima, em nossas turmas até agora não houve problemas dessa natureza. Essa estratégia foi utilizada, outrora, por professores do Senai (Serviço Nacional da Industria), quando fomos alunos em cursos de aprendizagem industrial, e sempre funcionara.

Já com relação aos objetos pontiagudos ou que de alguma forma pudessem desviar a atenção dos alunos, nossa atitude foi de recolhê-los imediatamente após o uso. Como exemplo podemos citar a vela, que mesmo não sendo tão perigosa, poderia ser utilizada por alguns alunos em decorrência da perca de atenção por conta de brincadeiras com a cera da vela.

Sobre a explicação do conteúdo teórico da atividade nós procedíamos da seguinte forma: se os conceitos fossem muito complexos, havia uma explicação inicial fornecendo subsídios para que os alunos pudessem realizar a atividade e no decorrer dela completar o quebra-cabeça; se os conceitos fossem mais simples deixávamos que eles mesmos os explorassem durante a realização da atividade. Vale ressaltar que não houve um procedimento rígido em relação à explicações para todos ou diretamente aos grupos, ou seja, se fosse possível explicar os conceitos do experimento aos grupos em particular a explanação à sala deixava de ser feita e vice-versa. Tudo isso, visou o dinamismo e a construção de vínculos com o corpo discente.

A professora de ciências Marymar sempre nos apoiou na medida do possível, e teve uma prática interdisciplinar muito importante no que refere-se às atividades relacionadas como conteúdo das aulas de ciências que ela ministrava durante a semana, de forma que houve uma abordagem de pontos de vista diferentes no campo da ciência. Esperamos que no segundo semestre possamos dar seguimento em nossas atividades e superarmos os eventuais problemas da melhor forma possível. Inclusive, pensamos que as práticas decorrentes do Cogen tem papel fundamental neste processo de superação de todos esses obstáculos. Afinal, nas reuniões nota-se empenho e dedicação de boa parte dos alunos e a apresentação de problemas, angústias e expectativas em relação às, turmas aulas e oficinas é fundamental no papel de reflexão que nós professores devemos estimular.

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Nome: Stefan El Otra
Relatório Global: Durante as visitas ao Andronico, pude perceber como é necessário o famoso "jogo de cintura" que todos nos falam ser necessário quando vamos dar aulas. Não importa qual o nível de planejamento da atividade, sempre houve, e haverá algo imprevisto, problemas com os alunos (indisciplina, falta dos conhecimentos prévios para realização da atividade, etc), com a própria escola (não houve um dia em que não tivemos problemas para entrar na escola, mas com as chaves da escola disponíveis isso será sanado). 
E com todos os problemas que enfrentamos, vemos o quanto é necessária a presença de um professor que realmente queira dar aula, pois se formos esperar que as escolas nos deem condições de trabalho adequadas, nunca teremos progresso. Basta observar o "laboratório" em que fizemos as atividades junto dos alunos, por exemplo. A única coisa que nos mostra que aquela sala era um laboratório didático era a placa na porta, os alunos raramente tem alguma atividade de laboratório, mesmo que seja somente demonstrativa. Também temos o desinteresse dos alunos, que deve ser driblado pelo professor, e  esta é uma das tarefas mais difíceis da profissão, pois cada aluno tem uma motivação, preferência e vida diferente.
Eu considero muito válidas as experiências que tivemos ao longo do semestre, e o fato delas não terem ocorrido numa escola "ideal", nos mostra o nosso dever como futuros professores de Física.
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Nome:
Relatório Global:

Relatório-reflexão do trabalho do semestre



Moris Mermelstein e Edison Bastos
Col[egio Andronico ( prof Rafael)



Após ministrar 4 experiência em classe algumas observações que fiz.

 

Chegamos ao colégio não sabendo o que encontrar nem o que esperar. Recebemos boa vontade da diretoria, displicência do professor encarregado, curiosidade dos alunos que se apresentavam numa sexta-feira a noite que não eram muitos.

 

Essas reações não foram mudando com as semanas como era de se imaginar. A boa vontade, e a displicência não mudaram. A única coisa que ficou mais interessante foi a curiosidade dos alunos. Não por terem aumentado e nem diminuído, mas mudando nosso ponto de vista, melhoramos a linguagem que tínhamos com eles, e os conhecendo um pouco melhor pudemos dar uma aula diferente recebendo deles uma atenção não mostrada nos primeiros experimentos.

 

Antes de começar as aulas imaginava que não haveria uma aproximação dos alunos devido ao espaçamento entre as experiências que foi de 2 semana. No entanto o distanciamento entre nós e os alunos foi bem menor do que imaginava. Os alunos estavam bem abertos a nós e tentavam se aproximar, testando novos limites dessa nova figura que se postavam diante deles.

 

 Testavam nossas reações enquanto a disciplina, brincadeiras e explicações.

 

Durante as 4 aulas percebemos que o professor gostava mais da aula não expositiva quanto os alunos, uma vez que ele se liberava da função de professor e se aproximava dos alunos como ouvinte. A preocupação dele não era com os alunos e sim com o horário do seu expediente, essa impressão se tornou evidente quando na segunda aula em que fomos, nos deparamos com a classe completamente vazia e ao perguntar sobre se haveria falta pra todos os alunos para o professor. Ele nos clarificou que só fosse dado falta para mais de 70% da turma seria necessário haver aula de reposição. E portanto, era mais simples não fazer a chamada e nenhum aluno levaria a falta.

 

Os alunos gostaram das experiências e conseguiram perceber que o que fora mostrado na sala era aplicável na vida real e ficavam ainda mais interessados se um exemplo estivesse em um de seus assuntos de interesse. Dessa forma percebi que para ter um melhor aproveitamento da sala seria importante conhecer os alunos e do que gostavam para aproximar as aulas, melhorando exemplos de coisas que lhe interessassem.

 

Provavelmente essa idéia seja um pouco pretensiosa para um professor que possui muitas classes e centenas de alunos.

 

Ao longo dos experimentos mudei a forma de apresentar as experiências. E fui mudando a  didática em cada um deles. No primeiro experimento deixei com eles o roteiro da experiência e eles teriam, junto com as nossas explicações, que acompanhar e responder o roteiro conforme nós apresentávamos as explicações e tirássemos dúvidas. Porém cada  grupo tinha um ritmo, ignoravam alguns itens conforme atrasavam ou se adiantavam.  Não estava conseguindo manter uma linha de raciocínio já que quando parava para dar explicações a cada dúvida, e perguntávamos grupo a grupo a parte que estavam e se estavam entendendo. Desde então vim mudando a forma de mostrar o roteiro.

 

 

No final optei por acompanhá-los a cada item, a cada imagem no roteiro, dando explicações e passando pelos grupos a cada parágrafo e a cada novo dado que tivessem que obter. Dessa forma não perdia o controle da sala e mantinha-os entretidos nas nossas explicações e exemplos.

 

Aprendemos que é essencial termos pro atividade na função DCE professor, tanto na hora de dar aula buscando atenção dos alunos, mudando o material didático se acharmos necessário para melhorar o aprendizado, tanto como na relação entre docentes. Basicamente Professor – Escola, Professor – Diretoria.

 

Algumas estratégias para manter os alunos atentos na aula foram utilizadas de forma não transparente com os alunos, o ritmo da aula passou a ser ditado pelo professor, apesar de acreditar que quem deve dar o ritmo da aula são os alunos e seu processo de aprendizado respeitado.  Foi necessário para mantermos a atenção dos alunos e uma linha de pensamento e explicações para a aula fluir.

 

Tudo que fizemos foi, de alguma forma, abstraído pelos alunos. Alguns alunos mais dedicados conseguiram aproveitar melhor os experimentos e outros que não tinham muito interesse nas aulas, não foram forçados a aprender. Sucesso e derrota ao mesmo tempo, já que nosso papel nas 4 aulas foi de tentar passar o máximo de raciocínio físico para alguns conteúdos que tinham sido previamente a ensinados a todos. Dado a desobrigatoriedade que tiveram com nossas aulas e a pequena assiduidade, nossa pratica não obteve pleno sucesso de trazer toda atenção dos alunos.

 

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Nome: Claudemir M. Andrade
Relatório Global:

Síntese das atividades do primeiro semestre

Na ultima atividade eu levei um experimento de demonstração para os alunos, pois gostaria de verificar como os conceitos e concepções sobre os fenômenos que eles observavam, se relacionavam com o conhecimento já existente nas estruturas cognitivas.

Também via esta atividade como uma oportunidade de dialogar um pouco mais com eles. Como o tempo de cada aula é de apenas 50min, sempre faltava tempo para conversarmos no fim de cada atividade. Em geral eles trabalham bem, no decorrer da atividade, eu círculo entre eles para acompanhar o desenrolar do experimento. As turmas são pequenas, em torno de 30 alunos, até é possível acompanhar os poucos grupos que se formam, mas mesmo assim eu gostaria de discutir melhor as dificuldades com que eles se deparam.

Infelizmente, no dia da visita a escola, estava chovendo muito e por várias vezes ficamos as escuras. Mesmo assim considero que o resultado global foi muito positivo. Alguns elementos mostraram que eles estavam acompanhando, compreendendo e interessados pela atividade. A maioria acompanhava a discussão perguntando e respondendo as minhas e perguntas, e quando alguém questionava algo, eu repassava a pergunta para que eles tivessem a oportunidade de refletir e chegar, através da minha mediação, a solução dos problemas.

Eu reconheço que a atividade de demonstração investigativa, onde os alunos têm a oportunidade para a construção científica de um dado conceito ligado ao fenômeno observado, antes de qualquer coisa, ela precisa ser pensada, pois é necessário distinguir o fenômeno do conceito, o qual já é uma abstração do fenômeno, sendo necessária uma aula posterior para traduzir os conceitos para uma linguagem matemática. E no nosso caso esta aula infelizmente não esta disponível. Contudo, pode-se usar os experimentos semi aberto, onde os alunos têm a oportunidade de perceber os fenômenos, com um pouco mais de liberdade para escolher quais são as variáveis mais importantes e que caracterizam o fenômeno, aliado com os experimentos de demonstração investigativa.

 Em relação à contribuição desta disciplina a minha formação, penso que muito veio a contribuir para pensar a atividade docente e de certa forma facilitar para o momento em que de fato eu for assumi uma ou mais sala de aula. As dificuldades no Virgilia não se comparam com a que me deparei com o Alberto Torres. De certa forma foi muito mais fácil assumir as turmas no Virgilia. Houve poucos contratempos nos primeiros contatos, por ser uma escola que tradicionalmente já recebem os alunos de praticas, não foram difíceis os primeiros contatos.

A única coisa que de fato sinto falta é de uma maior troca de experiência com o professor. Penso que ele tem muito a contribuir para minha formação, e seria uma ótima oportunidade de aprendizado para ambas as partes. No entanto, ele não assisti as aulas e isto dificulta o diálogo, não há uma troca de experiência, nem da para garanti uma uniformidade entre o que é visto na teoria com os experimentos práticos.

Os alunos gostam muito das atividades, mas não respondem aos meus pedidos. Sempre que fica atividade para casa, poucos ou nenhum entregam. Estou preocupado, porque ainda não consegui um método eficaz de fazê-los trabalhar enquanto estou fora. Uma possibilidade talvez fosse pedir ao professor que atribuísse nota as atividades corrigidas por mim. Mas ainda tenho a esperança de que encontrarei uma forma de conquistá-los sem ter que persuadi-los com prêmios ou ameaças.

Por uma confusão minha de datas, eu não me despedir no que seria a última atividade do semestre, coisa que só fiquei sabendo na aula comum de Práticas. Neste mesmo dia fui a escola para me despedir deles. Foi bem calorosa a despedida, sendo que uma das turmas os alunos bateram palmas enquanto eu ia embora. Algo inusitado é que deixei um endereço de e-mail para que eles pudessem me escrever descrever o quanto as atividades influenciaram no aprendizado e quão representativas foram as atividades que nós levamos para eles. Para minha surpresa o endereço já existia: praticas2011@gmail.com. Eu cheguei a criar outro e-mail e mandei para o professor pedindo que ele repasse para os alunos, mas até agora não obtive respostas.

  

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Nome: Osvaldo Camargo Botelho dos Santos
Relatório Global:

Como foi meu primeiro semestre na escola

Foi uma experiência muito importante para mim, já que foi meu primeiro contato como professor na escola. Houve momentos muito agradáveis na sala de aula, onde consegui interagir e passar o conhecimento que desejava transmitir. Mas infelizmente também houve momentos de indisciplina e desrespeito por parte dos alunos com os professores, no caso a Aline minha companheira de estágio, Elis professora da escola que nos auxiliava, e Eu "Osvaldo". Mas isso acontece em todas as escolas, e não podemos culpar as crianças, pois elas não sabem o quanto aqueles momentos são importantes para a vida delas.

Sobre os experimentos digo que foi bom na medida do possível, mas acho que a maioria entendeu as mensagens mais importantes.

Agora para fechar gostaria de deixar minha opinião com base no que presenciei na sala de aula. Acredito que os pré-adolescentes já sabem o que é certo ou errado, e fazem bagunça para se tornarem populares entre os seus amigos. Mas infelizmente o que eles não sabem é o quanto a vida é difícil, e só depois de sofrer na vida é que vão se arrepender. Portanto concluo que eles não têm condições de fazer suas próprias escolhas, e devem ser acompanhados e cobrados rigorosamente dentro da escola pelos professores, pois eles não adquiriram maturidade o suficiente para fazer escolhas sozinhos.

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