Relatório: | Para a aplicação deste experimento, tive como principais objetivos e expectativas:
Objetivos:
1. Analisar a capacidade dos alunos de elaborar um plano de ação experimental. 2. Analisar a capacidade dos alunos de enxergar fenômenos físicos aprendidos em em sala de aula no seu dia a dia.
Expectativas:
1. Que os alunos entendam claramente o roteiro e tenham tempo de terminá-lo.
Ainda na oficina, durante a preparação do experimento, constatei que a experiência seria de difícil execução, devido ao efeito pouco acentuado do eletroscópio. A experiência também era muito simples, e tive receio de que os alunos terminassem rapidamente e o resto da aula fosse desperdiçado. Mas o roteiro era bem extenso, assim como com perguntas bem elaboradas, o que poderia manter os alunos com atividade. O efeito era muito dependente de qual canudinho se escolhia e de como se atritasse. Se fosse deixar para os alunos descobrirem estes aspectos por tentativa e erro, não haveria tempo hábil de terminar o roteiro. Optei então por instruir os alunos neste caso, para que eles se focassem nas questões do roteiro.
Tendo início o experimento, distribui os canudos que julguei os melhores e o resto do material, instruindo os alunos no melhor jeito de atritar. Mesmo assim, o efeito foi um pouco decepcionante. Nenhum grupo conseguiu ver um grande efeito, embora todos tenham visto pelo menos um efeito fraco. Grande parte dos alunos teve dificuldade em entender o que estava acontecendo, quais os fenômenos físicos por trás do experimento. Inclusive, muitos associaram o efeito ao calor provocado pelo atrito. Nenhum grupo, a princípio, associou o fenômeno a eletrização, o que tornou o andamento da experiência mais compicado do que eu esperava.
Tento sempre fazer perguntas aos alunos de modo a levá-los a pensar, ao invés de dar a resposta pronta, como por exemplo: "As folhas de alumínio estão se afastando. Quais forças repulsivas você conhece?". Mas muitos alunos nem mesmo conheciam (ou se lembravam) das forças elétricas, o que me levou a um dilema. Qual a dose certa entre dar o conhecimento pronto e provocar o aluno com perguntas bem elaboradas? Não é viável fazer os alunos desenvolverem todo o conhecimento de cargas e eletricidade em alguns minutos, então algumas respostas prontas foram necessárias.
Quando todos os alunos estavam convencidos que se tratava de um fenômeno elétrico, o preenchimento do roteiro acelerou. Muitos passaram a se lembrar das aulas e os desenhos refletem claramente isto, todos eles mostram o caminho do elétron pelo eletroscópio de maneira correta, considerando a carga do canudinho.
Muitos alunos passaram a tentar atritar o canudo em outros lugares, como cabelo e roupas, muitas vezes obtendo resultados melhores do que com o papel. Para tentar verificar o efeito, muitos alunos aproximaram o canudo da placa de metal de várias formas diferentes. Deste modo considero o primeiro objetivo como alcançado.
Quanto ao segundo objetivo, poucos alunos conseguiram associar o fenômeno com eletricidade, e mesmo os que o fizeram, não conseguiram irm uito alem disso e enxergar as diversas formas de eletrização envolvidas. Embora o preenchimento dos roteiros esteja na maior parte correta, não sei se isso reflete um real entendimento do aluno ou uma reprodução da teoria aprendida em sala. Um aluno conseguiu montar um paralelo desta experiência com as TVs de tubo, quando ligadas, geram um campo de eletricidade estática que consegue puxar os fios de cabelo. Por isso, considero o segundo objetivo como parcialmente alcançado.
Devido à dificuldade dos alunos em observar o fenômeno, o tempo gasto com tentativas e erros, mais uma vez não foi possível para nenhum grupo completar o roteiro. Todos os grupos chegaram até o item e, mas apenas três grupos até o item g, e nenhum além disso. Com isso, considero a minha expectativa não atendida, e precisarei rever com mais atenção o roteiro para o próximo experimento. |