Relatório: | Em
oficina na semana passada, frisamos que o objetivo deste experimento era
introduzir o conceito de potência e discutir a possível discrepância entre os
valores, medido e o nominal e que as possíveis dificuldades estariam nos itens
6 e 7, onde os alunos deveriam usar a teoria para calcular a quantidade de
calor e a potência, sendo que a parte matemática sempre gera essas dificuldades
e o item 8, comparativo, que talvez criasse um desconforto no sentido de
entender porque deveríamos comparar o valor encontrado com o valor nominal do
aparelho. Frisamos também que a necessidade de trabalhar em grupo nesse
experimento seria maior que nos outros que já fizemos e isso poderia ser um
ponto que gerasse dificuldades no momento das medições.
Ao chegarmos ao laboratório, tivemos uma surpresa. Tinha
um rapaz consertando as portas dos armários com uma lixadeira, muito pó e um
cheiro muito forte de algum produto. Enquanto esperávamos a professora para
decidir se íamos esperar o término das obras ou dividiríamos o espaço com esta,
alguns alunos chegaram e ficaram na porta, também com ar de surpresa. Mas foi
então que nos aconteceu outra surpresa ainda maior, os próprios alunos
propuseram substituir o laboratório pela sala de aula para a aula experimental.
E quando a professora chegou para nos dar essa permissão, vimos muitos alunos
tomando a iniciativa de levar as coisas que precisaríamos para a sala e
organizar as carteiras em grupos, mostrando um grande interesse da parte deles
e nos motivando bastante.
Fizemos
o possível para que tudo funcionasse bem, mas com poucas tomadas usamos
extensões com fusíveis que queimaram, pois não suportavam mais de um aquecedor.
Mesmo com esses obstáculos, conseguimos com ajuda de todos fazer as medidas. Mas
por termos um tempo reduzido, não concluímos todo o roteiro com a primeira
turma. Como sempre, com a segunda turma as coisas ocorreram bem melhor, pois as
obras já tinham acabado e fizemos o experimento no laboratório mesmo.
Analisando os roteiros respondidos, vimos que dois grupos
chegaram a um valor de potencia acima do valor nominal. Todos os outros grupos
chegaram a valores menores, destes, metade não respondeu a ultima questão e a
outra metade respondeu coisas bem parecidas e coerentes, como por exemplo: “ a
perda de calor para o ambiente, panela e mesa.”. Apareceu também uma resposta
inusitada: “(...) perde energia para o calor.”. Pensamos que o grupo quis dizer
o mesmo que os demais disseram, porém mostrando uma confusão com as palavras, o
que achamos normal.
Um dos grupos nos mostrou uma coisa que acontecia com frequência
em nossos tempos de colégios, uma confusão das “siglas” ou “letras” que
representam coisas distintas, mas que tem uma representação parecida. Ao
escrevermos ΔT (Variação de temperatura) e Δt (Variação de tempo), não nos
demos conta de que falamos muitas vezes “delta tê” e poucas vezes “variação de
temperatura” para diferenciar de “variação de tempo”. Obviamente isso ficou na cabeça
de alguns alunos, e na hora de calcular a potencia, utilizaram o valor de ΔT e não o de Δt, chegando a um valor final incorreto.
Acreditamos que isso pode acontecer a qualquer momento com qualquer aluno. Uma
possível solução seria, todas as vezes que escrevermos uma equação na lousa,
não falemos apenas as letras que as representa, mas sim o que essas letras de
fato representam em uma equação. Numa primeira vista pode parecer chato,
cansativo e mais difícil um aluno memorizar uma equação, mas acreditamos que
coisas pequenas como essa pode fazer a diferença à longo prazo para os alunos.
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