Relatório de Atividades nas escolas - 11º Experimento

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Nome dos integrantes: Samara e Tiago
Nome da Escola: Desembargador Amorim Lima
Educador: Marymar e Cleide
Experiência: Planisfério e Big-Bang
Turmas: Sexta e Oitava séries
Relatório:

Com a sexta série, terminamos os trabalhos iniciados na semana anterior – a construção de um planisfério. Os alunos terminaram o trabalho e terminaram também de responder à ficha sobre a experiência. Ao final eles puderam levar o planisfério para casa. Não houve tempo para que iniciássemos o trabalho que havia sido programado para esta semana – a construção de um quadrante. Consideramos, contudo, que a aula sobre o quadrante seria importante para atender à proposta de fazer as três últimas aulas sobre o tema instrumentos para navegação. Por isso e porque havíamos levado o material para a escola para a realização dessa aula, a professora de ciências da turma se propôs a construir o quadrante com os alunos nas próximas semanas, se eles tiverem disponibilidade de tempo.

Não diferente das outras semanas, os alunos apresentaram um bom comportamento e todos participaram da atividade proposta, sendo que todos construíram o seu próprio planisfério, inclusive os alunos que haviam faltado na semana anterior e tiveram que iniciar e terminar o trabalho nessa aula. A ficha foi respondida corretamente por todos os alunos em conjunto com o auxílio do estagiário e da professora de ciências.

Encerrando o ciclo das três últimas experiências com o tema Universo/Big-Bang, dessa vez fizemos com a oitava série uma experiência simples sobre a expansão do Universo utilizando bexigas nas quais foram desenhados esquemas de galáxias. O estagiário falou rapidamente sobre a teoria do Big-Bang, explicando que essa teoria é a mais aceita pela ciência para a explicação da origem do Universo. Foi feita uma relação sobre o Big-Bang com a expansão do Universo. Foi esclarecido também que existem outras explicações de viés religioso, mitológico e filosófico para o mesmo fenômeno e que a idéia seria apenas apresentar uma visão científica sobre a origem do Universo, mas que aqueles que possuem outros pontos de vista sobre o assunto, com destaque aos criacionistas, teriam suas crenças respeitadas.

A ficha foi preenchida mais uma vez conjuntamente. Todos os alunos entregaram a ficha completa e respondida corretamente. Os alunos estavam um pouco agitados, mas com o auxílio da professora de ciências, pudemos conseguir a ordem necessária para a realização dos trabalhos.

Os primeiros 20 minutos de aula foram utilizados pela professora de ciências e por outra professora também responsável para que os alunos pudessem se organizar em grupos e escolherem os temas para serem apresentados no dia da ciência dentro do tema geral Universo/Big-Bang escolhido para ser trabalhado pela oitava série. Apesar disso pudemos realizar todas as atividades em uma hora como era desejado, já que a experiência dessa semana era muito rápida e simples.
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Nome dos integrantes: Ingrid Morselli e Teresa Sollero
Nome da Escola: Andronico
Educador: Flávia
Experiência: Universo em Expansão
Turmas: 3A e 3H
Relatório: p { margin-bottom: 0.08in; }

Este foi o ultimo roteiro que elaboramos nesta disciplina. A professora Rosane havia nos dado total liberdade para trazermos um tema que julgássemos interessante, escolhemos falar de cosmologia e modelos de expansão do universo. O tema não tem relação direta com nenhum dos outros roteiros que levamos à escola, nem com nada que os alunos viram nos três anos de física.


O roteiro foi inspirado em um experimento que conheci num curso de formação de professores de Astronomia no INPE, que de certa maneira contribuiu bastante para a ideia que eu tenho de universo em expansão. Embora esse fosse o tema central do roteiro achamos que seria importante não limitar-nos a ele. Esperávamos que muitos alunos não teriam qualquer grau de familiaridade com astronomia e talvez não soubessem diferenciar sistema solar de via láctea, então um dos objetivos fundamentais que estabelecemos foi de contextualizar os alunos na hierarquia espacial do universo e a medida do possível desenvolver uma noção de escala cosmológica. Para isso iniciamos o roteiro com um breve texto, sobre o qual planejávamos iniciar uma discussão coletiva com o intuito de identificar algumas pré-concepções e dúvidas que os alunos pudessem ter, além de esclarecer conceitos.


Essa discussão introdutória foi particularmente difícil na primeira turma (3ºA). Quando os alunos chegaram no laboratório, já estavam sobre as bancadas os roteiros, as canetas e as bexigas. Explicamos que essa era a nossa última visita a escola, agradecemos pela oportunidade, e pela colaboração. Comentamos que a experiência foi muito boa pra gente, aprendemos muito com eles. Alguns demonstraram desapontamento. “Ahh...”, “então vocês não voltam mais?”. De certa maneira isso nos deixou um pouco tristes, parecia que estávamos abandonando-os. Comentei: “Gente, o ensino médio está acabando, daqui a alguns dias vocês também não estarão mais aqui.” Enfim, em meio a essa conversa de despedida, e as bexigas sobre as bancadas, os alunos entenderam festa, e foi difícil conter esse clima que se espalhava pela classe. Naquele momento o destino do universo parecia muito menos importante do que o destino que cada um tomaria dentro de poucas semanas.


Eles até fizeram o roteiro direitinho, alguns tiraram dúvidas, mas não se envolveram muito. A maior parte dos grupos terminaram rapidamente o roteiro e depois começaram a “personalizar”, os seus universos bexigas de acordo com os seus universos internos: “3ºA 2011”, apelidos do grupo, desenhos, “Rosane: a melhor prof de física”, caricaturas do professor de matemática, um monte gírias que acho que deveriam ter algum sentido interno no grupo, enfim as galáxias separadas foram se transformando naquele clima de festa que se espalhava pela sala. Começaram a fazer muito barulho, fiquei preocupada com as outras salas, e eu perguntei para Rosane se eu deveria fazer alguma coisa a respeito. Ela respondeu: “deixa, a aula já está terminando. Eles só estão contentes, ninguém está agredindo ninguém. Em nenhum outro momento do ano eles foram indisciplinados daquele jeito. Em nenhum outro relatório falei de indisciplina. Dessa vez, estava um caos, mas eu não queria mandar todo mundo sentar e ficar quieto, eu não via propósito nisso. É uma decisão difícil como professora, em que circunstâncias, em que nível podemos aceitar indisciplina? Na verdade, eu queria me juntar a festa, mas achei que seria completamente inapropriado.



Analisando os roteiros percebemos que um grupo entendeu que os pontos desenhados sobre as bexigas representavam planetas que se afastavam e não galáxias: “Ao passar do tempo os planetas vão se afastando, como visto no balão do experimento.” Todos os demais grupos atingiram os objetivos propostos.


Resolvemos mudar um pouco a dinâmica da aula no 3ºH. No início da aula distribuímos apenas os roteiros, promovemos uma breve contextualização e discussão inicial, explicamos o que seria feito, e só então distribuímos as bexigas.


Dois grupos se interessaram bastante pela proposta. Falaram do prêmio nóbel de física e de documentários que tinham visto falando do tema. Fizeram perguntas interessantes como: “se o universo está se afastando por que não vemos, por que eu não vejo você ficando mais longe de mim?”, “Por que as galáxias se afastam?”, “E de onde veio toda essa matéria que se afasta no universo?”, “O que tinha antes do Big Bang”. Dava pra responder, algumas perguntas, muitas não dava. Indiquei outros documentários, livros, troquei email com alguns pra trocar material. Ainda assim, também nessa turma, o foco estava nos universos pessoais. Perguntaram, sobre a USP, sobre os cursos, se foi difícil entrar, o que eu achava dos movimentos estudantis, da ocupação da reitoria, se todo mundo fumava maconha. Foi muito difícil falar sobre algumas coisas, ainda é. Poucas horas antes presenciamos a entrada da tropa de choque na USP.


Existia um certo nível de indisciplina, não tão grande quanto no 3ºA. Novamente não tentamos controlar a classe, nem forçar o foco no tema que estávamos trazendo. A professora Rosane sempre nos ajudou muito nas oficinas, passava entre os grupos explicando, ajudava nos experimentos etc. Dessa vez ficou a maior parte da aula sentada conversando com uma menina que estava grávida, e extremamente desconfortável no banquinho do laboratório. Falou como seriam os últimos meses, contou um pouquinho da sua experiência. Achei que isso foi importante, de certa maneira mostra um carácter humano que naquele momento talvez fosse realmente mais importante do que o seu lado professora de física.


Enfim, apesar da falta de foco, conversando com os grupos e analisando os roteiros acreditamos que os objetivos propostos foram satisfatória mente atingidos. Os grupos do 3ºA parecem entender a estrutura hierárquica do universo (planetas, sistemas planetários, galáxia), não apresentaram grandes dificuldades em relacionar modelos de expansão do universo com a analogia experimental apresentada. Além disso propuseram analogias interessantes para a expansão do universo. Um grupo falou da fumaça de cigarro, outro de tinta se espalhando na água, um grupo falou de “pintinhas” na pele de uma pessoa que cresce, outro grupo usou um exemplo parecido: falou dos próprios membros, mãos, pés e cabeça que se afastam todos entre si a medida que a criança cresce. Achamos interessantes esses exemplos que comparam a expansão do universo com a própria expansão do ser humano. Será que estavam pensando no crescimento deles como pessoas que em alguns meses sairiam da escola?

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Nome dos integrantes: José Marcello
Nome da Escola: Virgília
Educador: Newton
Experiência: Radiações
Turmas: 3os Anos
Relatório: Como não havia um experimento preparado para os 3os anos do Virgília, tive que pensar em um. Tive a ideia de explorar a questão dos usos e perigos da radiação, e com a ajuda da Flávia encontrei um guia sobre o assunto no Nupic. Adicionei um experimento com filme fotográfico, que serviria como analogia com o Raio-X, e assim elaborei um roteiro.

Como o papel fotográfico leva um tempo grande para queimar, propus o experimento logo no início da primeira aula. Distribuí os papéis fotográficos para os grupos, e pedi que colocassem objetos por cima do filme. Uma régua foi fornecida pros alunos, para ser usada com esse objetivo. Enquanto os alunos esperavam, esperava prosseguir com uma aula expositiva sobre o assunto, varrendo de forma sucinta todo o espectro eletromagnético. Foi um fracasso, já que os alunos estavam excitados demais com o experimento para prestar atenção em qualquer coisa que ei dizia. Os alunos trocavam dezenas de objetos em cima do papel, me ignorando. Consegui falar com dificuldade sobre ondas de rádio e microondas, e um pouco sobre infravermelho.

Para a segunda turma, decidi segurar por um tempo o experimento. Também dei uma aula menos expositiva, pedindo mais interação com os alunos. Me foquei nos usos tecnológicos das radiações, assunto que pude perceber que é bem dominado pelos alunos, principalmente as frequências usadas por celular. Propus o experimento no meio da aula, que foi levado com a mesma ansiedade que a primeira turma, mas ainda consegui um maior nível de atenção.

As duas turmas ficaram interessadas no conceito de codificação e decodificação das ondas eletromagnéticas em informação, seja de música no caso do rádio ou dados no caso de um wi-fi ou firewire. Dei exemplos das modulações AM e FM.

O principal objetivo, fazer uma analogia do experimento com raios-x foi um sucesso, todos os alunos perceberam claramente como se forma o raio-x. Outro objetivo era o de dar exemplos de uso tecnológico das radiações, o que também correu bem. Os alunos conseguiram perceber como as faixas de menor frequência são boas em transmitir dados. Outro objetivo era mostrar os perigos das radiações ionizantes. Devido ao tempo, não consegui explorar essa parte, mas consegui mostrar que o ultra-violeta é a primeira parte do espectro a se preocupar.

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Nome dos integrantes: Fábio Pinheiro e Leonardo Werneck
Nome da Escola: E.E. Andronico de Melo
Educador: Rosane
Experiência: A Luz e as suas propriedades (2ª parte)
Turmas: 3º E e 3º F
Relatório:

Neste último dia de estágio, realizamos a segunda aula experimental sobre a luz e as suas propriedades. Como trabalharíamos com fontes de luzes coloridas e analisaríamos as possíveis interações entre elas, tivemos que providenciar um local escuro. Portanto, esta aula foi realizada no auditório do colégio. E para a nossa sorte, o auditório possuía um grande telão branco, onde projetamos as luzes e sombras específicas que seriam analisadas junto com a classe.

Como na primeira aula sobre a luz, decidimos que esta segunda também seria, em sua maior parte, expositiva. No início, recapitulamos rapidamente as propriedades da luz vistas na primeira aula, como absorção e reflexão. Em seguida, apresentamos alguns experimentos históricos importantes para a Física que foram realizados através do conhecimento das propriedades da luz, como a observação de Erastótenes sobre as sombras de construções em duas cidades, há cerca de 2 séculos a.C.. A partir de suas observações, Erastótenes concluiu que a Terra era esférica e pode até calcular o seu raio com muita precisão. Após falar de outros experimentos históricos envolvendo a luz, lançamos algumas perguntas à sala sobre determinadas situações envolvendo a luz e deixamos um pequeno tempo para que os alunos discutissem para encontrar a melhor resposta.

Em seguida, trabalhamos com três luminárias, cada uma de uma cor: vermelho, azul e verde. Projetamos essas três luzes no telão e enquanto manipulávamos as luminárias a fim de provocar “misturas” entre as luzes, fazíamos perguntas à sala.

Como o assunto era “mistura” de cores e a percepção humana sobre a luz, falamos para a classe sobre curiosidades interdisciplinares, como o incômodo que sentimos ao sair de uma sala de cinema e como o camaleão consegue mudar a cor de sua pele escamosa.

Ao fim do experimento, percebemos que faltavam cerca de dez minutos para o fim do horário da aula, então, decidimos abrir este um espaço para os alunos, para que eles pudessem falar sobre o nosso trabalho.

Para a nossa satisfação, só ouvimos elogios e que as aulas experimentais foram muito interessantes e que eles puderam aprender sobre muitos conceitos da Física. Ao falar que esta foi a última aula experimental, a sala soltou um suspiro de tristeza e acabamos sentindo aquele aperto no peito. Confessamos que, antes do início do estágio, ficamos receosos ao sabermos que lidaríamos com uma sala de terceiro colegial de uma escola estadual. E nas primeiras visitas, ficamos mais receosos ainda quando soubemos que uma das nossas turmas era considera “a pior” pela maioria dos professores. Mas, após os primeiros experimentos, o receio foi totalmente apagado e a nossa impressão foi totalmente oposta. Toda vez que abríamos a boca para falar algo, os alunos ficavam quietos e se dirigiam para nós. É claro que num momento ou outro, algum aluno fazia um comentário que fazia a turma inteira rir, mas não víamos isso como um desrespeito. Achamos que faz parte da natureza de um jovem rir e brincar. Portanto, ao longo dos estágios, brincávamos cada vez mais durante as explicações, chamávamos alunos para participarem na lousa e os deixávamos constrangidos propositalmente, enquanto o resto da sala se divertia. Percebemos que essa estratégia, nada tradicional, aumentava ainda mais a atenção da sala e servia como válvula de escape para uma manhã vivida numa aula de Física. E assim, os alunos ficavam cada vez mais próximos da gente. Até chegaram a comentar e reclamar de outros professores.

Então, no fim desta última aula, os alunos das duas turmas nos elogiaram de tal maneira que entendemos como conseguimos lidar com turmas conhecidas por serem bagunceiras. Disseram-nos que éramos gentis, simpáticos, pacientes e respeitosos. Acho que fizemos o simples, sem apelar e usar uma “máscara” de professor. Comportamos-nos como jovens no meio de outros. E o tal respeito ficou mais evidente no fim. As duas turmas aplaudiram por um intervalo de tempo tão grande que ficamos constrangidos e até um tanto emocionados. Porém, na segunda turma, os alunos vieram até a gente para se despedir com um abraço ou com um aperto de mão, um a um. A emoção tomou conta de nós dois então deixamos uma mensagem de apoio nas duas salas, dizendo que nessa nova fase de suas vidas, eles teriam que ser mais fortes e que deveriam acreditar em seus potenciais.

E nos últimos minutos na escola, acabamos tirando uma foto de despedida com a segunda turma, considerada “a pior”, porém, certamente ficará marcada como “a melhor”, onde crescemos e muito como futuros professores.

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Nome dos integrantes: Sérgio e Sheila
Nome da Escola: Daniel Pontes
Educador: Sônia
Experiência: Máquina Térmica
Turmas: 2º D
Relatório: Para esta última experiência a Professora pediu para que decidissemos qual o experimento seria feito, pedimos ao Jô uma sugestão e ele nos mostrou o roteiro da máquina térmica alterado pelo grupo Djama e Vinícius, gostamos da experiência e achamos que o tipo de perguntas sugeridos se encaixaria muito bem aos alunos da nossa turma e por isso decidimos manter o roteiro como estava (que inclusive tem uma questão uma questão interdisciplinar com a história).
Levamos a experiência à turma com o objetivo de mostrar o mecanismo de transformação de energia, e esperavamos que eles tivessem dificuldades com o conceito de tipos de energia.
Realmente os grupos apresentaram grande dificuldade em entender os tipos de energia, com exceção da energia química, que quatro dos cinco grupos identificaram mesmo antes de conversamos com eles sobre isso. Todos os grupos tiveram problemas em identificar a energia cinétia, o que é compreensivo já que tiveram muito poucas aulas de física no primeiro semestre do seu curso (EJA). Também utilizamos esta experiência como uma continuação da experiência de dilatação térmica, explicando a eles tanto a dilatação do gás de vapor quanto a retração do ar (que já havia se expandido) no momento de puxar a água para dentro do bulbo no começo da experiência. Tentamos fazer com que eles explicassem por si próprios todos os fenomenos envolvidos, resaltando os detalhes de cada fenomeno através de perguntas, no entanto para explicar energia cinética, tivemos que falar explicitamente, pois não achamos um elemento do cotidiano que utilize este termo. Para um dos grupos foi necessário que descrevessemos exatamente como uma energia se transforma em outra até chegar ao movimento, pois não estavam conseguindo chegar a uma explicação plausível, mas para os fenomenos de dilatação todos chegaram a uma explicação (com nossa ajuda apenas através de perguntas ou linkando o fenomeno à experiência de dilatação).
A receptividade da experiência por parte da turma foi muito boa, teve gente que gravou a sua própria experiência assim como todas as outras com o celular.
Por fora da experiência aconteceu algo interessante que exemplificou algo que constantemente discutimos em aula: Como o dia da nossa aula foi o mesmo da reintegração de posse da reitoria, alguns alunos nos perguntaram se estavamos presentes, falamos que não, pois além de não concordar nós trabalhavamos, isso levou a perguntarem sobre as fianças que os alunos presos teriam que pagar (eles achavam que as próprias famílias as pagariam, explicamos que não que provavelmente o sindicato ou alguns partidos políticos o fariam) e isso levou à questão de interresse, "apenas os ricos (usaram a expressão "boysinhos") entram na USP" rebatemos isto com o fato de que nós dois (Sheila e Sérgio) trabalhavamos antes mesmo de começarmos nossos cursos na USP, então nos perguntaram se achavamos que eles cursando EJA em uma escola pública tinham chance de entrar (fizeram esta pergunta de forma retórica), respondemos que sim, pois a maioria dos alunos da FFLCH, por exemplo, veio de escola pública e que conheciamos um aluno que fez o ensino médio pelo Instituto Universal Brasileiro e que estava se formando, por isso, é possível que um aluno de EJA passe no vestibular de uma universidade pública, mas que isso não quer dizer que não demandaria muito esforço e estudo da parte deles.
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Nome dos integrantes: Guilherme / Erich
Nome da Escola: Andronico
Educador: Rafael
Experiência: Conjugação de 2 espelhos côncavos
Turmas: 2º F
Relatório: Chegamos à escola 10 minutos antes de começar a aula.
1 Semana antes, na oficina, conversamos com o monitor Élcio a respeito do experimento. Dissemos que o professor Rafael gostaria de algum experimento relacionado com espelhos esféricos. Havia alguns "espelhos" muito pequenos e muitos deles riscados na oficina. Então decidimos não levar algo da oficina para o experimento. Uma pessoa da dupla tem um jogo de espelhos que produz a imagem real, invertida e do mesmo tamanho do objeto acima dos dois espelhos conjugados.
Como tínhamos apenas 1 material desse, foi feita uma aula expositiva sobre o experimento. Chamamos toda a turma para perto de uma mesa, onde no meio encontrava-se o aparato. Poucos deles se aproximaram em volta da mesa. A maioria não estava nem um pouco interessada no que era mostrado e nem sequer levantaram das cadeiras.
Com aqueles que realmente queriam ver, conseguimos mostrar o fenômeno e explicar o porquê daquilo acontecer.

O objetivo foi alcançado, pois durante a explicação víamos a satisfação no rosto daqueles que querem algo de bom na vida e após a aula, tivemos uma conversa rápida com o professor Rafael, e ele nos disse que gostou muito e que isso ilustrava muito bem a matéria que ele acabava de ter dado.
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Nome dos integrantes: Anderson e Arthur
Nome da Escola: Virgília
Educador: Newton
Experiência: Aula de Geometria
Turmas: 1° A e 1° B
Relatório:

Nesta última visita resolvemos mudar e apresentar uma aula de geometria ao invés de um experimento, devido à dificuldade que encontramos em experimentos anteriores que necessitavam de conhecimentos básicos sobre este assunto.

Aplicamos a aula, mas de um modo mais focado, em que eles mesmos interagissem, pois achamos que desta maneira a aula seria mais produtiva do que apenas dando a aula na lousa, lá na frente. Dividimos os alunos em duplas e trios e fornecemos o material para que eles pudessem desenhar os elementos geométricos.

Num primeiro instante propusemos que eles desenhassem 3 triângulos, mas já encontramos dificuldade porque alguns não sabiam como começar. Outro ponto importante foi o uso do transferidor, alguns nunca tinham usado e se mostraram bastante interessados em medir os ângulos internos do triângulo e ver que sempre daria 180°(com certa aproximação). Como esta a era atividade inicial, foi a que gastou mais tempo e por esta razão pedimos que desenhassem apenas 2 triângulos para segunda turma. O ponto mais interessante da aula foi pedir para que eles medissem a área e o perímetro de 2 objetos quaisquer da sala de aula, as escolhas foram diversas(desde armário, cadeiras a espelhos), achamos que com esta atividade deixamos mais claro a utilidade deles saberem o conceito de área e perímetro e utilizar para o seu dia a dia. Por fim a ultima atividade era desenhar círculos, para medir área e comprimento, mas como na caixa havia apenas 1 compasso, improvisamos para eles desenharem o próprio transferidor.

De um modo geral, a atividade atingiu os objetivos esperados, nem todos porque algumas duplas se enrrolaram mais para desenhar e não puderam fazer todas, mas achamos que conseguimos ensinar um pouco de geometria para eles.

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Nome dos integrantes: Rafael Simões
Nome da Escola: EE Prof. Andronico de Mello
Educador: Roseane
Experiência: Optica
Turmas: 2°F e 2° I
Relatório: Ao chegar ao colégio passei pela sala dos professores e em seguida fui para o laboratório.
Comecei a distribuir o material pela bancadas de trabalho e constatei que o relatório não havia sido impresso no verso, faltando mais de 60% das informações para a prática.
Consegui imprimir cópias do material faltante, mas o tempo ficou prejudicado.
O trabalho ofereceu sérias dificuldades para os alunos, pois não haviam estudado óptica no curso que fazem e mesmo com as informações dadas no início da atividade não houve tempo para assimilação nem tampouco as informações eram completas, uma vez que não havia conceitos formados de premissas básicas (raio luminoso, pincel, reflexão, refração, lei Snell, etc..), mesmo assim trabalharam procurando responder as questões propostas mas, as dificuldades eram muitas inclusive para a realização do experimento.
Acredito que o experimento só serviu para mostrar aos alunos que existe uma parte da Física (que ainda não aprenderam) muito interessante, mas que precisa ser mais trabalhada.



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Nome dos integrantes: gilmar
Nome da Escola: Andronico de Melo
Educador: Roberto
Experiência: Ímãs produzindo Luz
Turmas: 3ºL
Relatório:

Este relatório também enviei ao Danilo e ao Jô por e-mail para não sair da rotina anterior.

Devido à solicitação do professor a atividade foi realizada na terça feira.
Os alunos foram bem receptivos para a atividade.
O professor Roberto me apresentou à turma pediu para explicá-los o que seria feito, dividimos a turma em grupos e deixamos livre a escolha para a quantidade de alunos, pois havia "panelinhas" e estas não eram muito grandes (no máximo de sete alunos), sendo que para os grupos grandes eram distribuídos mais que um kit para atividade, para todos vivenciarem o que se passava sem muitas dificuldades.
Em seguida, disse que distribuiria os kits e relatórios dando uma prévia sobre qual fenômeno seria observado (ao passar um imã rapidamente através do interior da bobina ocorreria o surgimento de luz no led) e após a distribuição a todos os grupos iria esclarecer as dúvidas grupo a grupo.
Após esta distribuição iniciei as explicações de acordo com o grau de dificuldade de cada um dos grupos, a presença do professor dividiu comigo a tarefa de explicar o que acontecia, ele tem uma ótima relação com os alunos. Alguns grupos eram bem rápidos e montavam, observavam, preenchiam o relatório e procuravam saber além do que o relatório orientava, outros devido à dificuldade e interesse demoravam um pouco mais.
O que me chamou a atenção foi um aluno que havia me pedido algo mais no experimento anterior (motor elétrico) para compreender um pouco melhor, dado o pouco tempo para a aula, solicitei o seu e-mail para que eu pudesse aprofundar e ajudá-lo no que pudesse dentro do discutido, assim feito, ele agradeceu e disse estar claro o que não havia entendido, foi à primeira coisa que ele fez.
A turma é muito bacana e tudo correu dentro do esperado.
Sugestão para o experimento, é claro que não sei muito das possibilidades da disciplina, mas se for possível conseguir uns imãs com formato cilíndricos, de diâmetro compatível com as bobinas, com aproximadamente três centímetros de comprimento facilitaria a execução da atividade, pois, em alguns casos, os alunos necessitavam arremessar o imã para conseguirem ver a luz ou como fizemos com a maioria dos alunos: foi juntar imãs menores para movermos através da bobina (outra sugestão possível, conseguir mais imãs cilíndricos parecidos com os imãs cilíndricos que estão na caixa).





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Nome dos integrantes: Djalma e Vinicius
Nome da Escola: Andronico
Educador: Rosane
Experiência: Óptica
Turmas: 2ºB e 2ºC
Relatório:

Já que os nossos alunos ainda não tinham visto nada sobre óptica (eles estavam terminando a termodinâmica e veriam o novo conceito na próxima aula, segundo a professora), achamos melhor aplicar um roteiro bem simples e que abordasse um conteúdo introdutório, mas que desse para discutir bem tal conteúdo.

Começamos a aula conversando com os alunos e lançando questões como: O que é a luz? Porque conseguimos ver nossa imagem num espelho? Do que é feito um espelho? Questões essas que foram discutidas entre a gente (professores e alunos). Discutimos desde dualidade onda-partícula até instrumentos ópticos.

Com isso demos uma introdução do estudo da óptica focando um pouco mais na óptica geométrica, que é a única estudada (quando é abordada) na maioria das escolas públicas de Ensino Médio do Brasil, por ser mais próxima do cotidiano dos alunos.

Nos roteiros não tivemos nenhum problema, pois como já dito, era bem simples e não apareceu nenhum caso absurdo. O que nos chamou a atenção foi o fato de, na pergunta que pedia para os alunos citar coisas do dia-a-dia em que eles poderiam encontrar espelhos, alguns deles nos surpreenderam citando a tela da televisão quando desligada, mostrando que eles expandiram o conceito de reflexão não se restringindo apenas aos espelhos.

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