<!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:1; mso-generic-font-family:roman; mso-font-format:other; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; font-size:10.0pt; mso-ansi-font-size:10.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt;} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} -->
Relatório de Práticas de Ensino - Terceira Atividade – 12/05/2010
Diogo dos Santos
Rafael Hanashiro
Atividade: De onde vem este calor?
Descrição:
Na nossa quarta visita à escola ainda encontramos dificuldade em entrar na escola. O interfone ainda não está funcionando e tivemos que aproveitar a entrada de uma professora para poder passar pelo portão.
Neste dia não foi possível utilizar o laboratório por motivos de inadequação de uso, correndo o risco de acontecer um acidente no interior do recinto.
Antes de começar o experimento, havíamos planejado começar a atividade com a experiência da mistura do gesso com a água, pois na oficina preparatória percebemos que esta era a parte mais demorada. Na primeira turma (2º G), passamos de grupo em grupo distribuindo os copos e fazendo a mistura na frente dos alunos. No final da aula, os grupos quiseram ficar com o pedaço de gesso. Já na segunda (2ºB), antes de começar a aula, deixamos preparadas as soluções e no final distribuímos para a turma.
Em seguida planejamos distribuir os clip’s de papel aos alunos. Porém, quando os alunos quebravam os clip’s, eles não sentiam diferença alguma. Então recomendamos apenas que eles dobrassem os clip’s e encostassem a parte retorcida numa parte sensível do corpo, como o pulso. Logo após, eles realizaram a parte do roteiro “Se esquentando no frio”. Muitos alunos sentiram dificuldade de entender a perguntar referente a esta parte, mais precisamente o item (e). Como sugestão, esta parte poderia ser feita com uma bexiga no lugar dos clip’s, pois ao esticarmos a ponta da bexiga, o aquecimento é mais fácil de ser percebido.
A próxima parte, “Esquentando a palha de aço”, foi a que os estudantes mais gostaram e se divertiram, deixando a atividade mais lúdica. Entretanto, esta atividade foi mais demorada que o esperado pelo fato de não ter baterias o suficiente. Além disto, das cinco baterias disponíveis no kit, apenas duas estavam funcionando adequadamente.
A princípio, os alunos tiveram medo de realizar sozinhos esta atividade; achavam que iriam tomar um choque. Então decidimos mostrar aos alunos o experimento para que eles tomassem coragem e depois os deixamos fazer a atividade. Logo eles se animaram e não queriam mais fazer outra coisa além de queimar a palha de aço. Um fato interessante que ocorreu nesta etapa foi a iniciativa de uma aluna do 2ºG que tentou substituir a bateria fornecida por nós pela bateria do teu celular. Então a ajudamos a localizar os pólos positivo e negativo e ela conseguiu queimar a palha de aço. Em seguida ela começou a mostrar a descoberta para os outros colegas de sala.
No final da aula, algumas soluções de gesso já haviam endurecidas e eles começaram a tatear o copo e perceberam que de fato a pedra de gesso estava mais quente que o resto do copo.
Os alunos fizeram várias perguntas sobre as atividades e eles trouxeram elementos vistos nas aulas teóricas para discutir sobre as observações que estavam realizando durante toda a aula experimental. Eles elaboraram várias hipóteses e quando observávamos que eles estavam apresentando uma concepção espontânea, tentávamos encontrar um contraponto para fazê-los pensar mais sobre o assunto, fazendo-os inclusive a repensar sobre as ideias que possuem. Mas, em algumas ocasiões, fazíamos alguns deslizes e dávamos a resposta mais esperada, fazendo com que o aluno apenas reproduzisse o que falávamos. Nestes casos, não conseguimos perceber se de fato o aluno compreendeu o assunto tratado. Este talvez seja um ponto que devemos trabalhar melhor para fazer com que os alunos pensem mais sobre determinadas coisas.
Uma preocupação que ainda percebemos nos alunos foi quanto à nota atribuída às respostas dos roteiros, fazendo com que eles perguntassem, em algumas situações, apenas se a resposta estava certa ou errada.
Consideramos que o tempo foi suficiente para realizar o roteiro por completo. A maioria dos grupos não completou os roteiros por eles se entreterem mais com a atividade da queima da palha de aço e com as discussões gerais acerca do experimento todo. Achamos também que o item (a) do “Pense nisso” ficou ambíguo, pois podemos interpretar que a pergunta se refere à identificação de outras formas de transferência de calor além do contato direto (como a radiação e a convecção) ou se pode ocorrer transferência de calor com dois corpos em contato com a mesma temperatura.
Impressões Pessoais:
Como cada integrante teve uma impressão diferente quanto à atividade aplicada, achamos necessário dividir esta seção em duas, uma referente a cada estagiário.
Diogo:
Nas duas turmas a aula foi bastante dinâmica, pois haviam alguns fenômenos que os alunos desconheciam, como o aquecimento do clip ao ser dobrado, o aquecimento da pedra de gesso após esta ficar endurecida. Mas o mais impressionante para os alunos foi queimar a palha de aço usando uma bateria.
Os alunos demonstraram bastante interesse em entender o que estava ocorrendo em cada etapa da aula, buscando muitas vezes explicações com os conceitos que já haviam vistos nas aulas teóricas.
O que me chamou mais a minha atenção foi a atitude da aluna em utilizar a bateria do celular para esquentar a palha de aço. Para mim, isto foi uma mostra de que ela estava fazendo uma ligação entre a Física e as coisas existentes ao seu mundo.
Porém, ainda senti que os alunos apresentavam grande preocupação em responder às questões do roteiro corretamente, fazendo com que alguns grupos corressem com o experimento para acabar o mais rápido possível para depois responder às perguntas; um reflexo da pressão que a avaliação põe aos estudantes. Em algumas vezes, os alunos queriam que eu desse a resposta correta a eles, sem se preocuparem em aprender algo sobre.
Nestes casos, tentei explicitar aos alunos que o mais importante seria eles aprenderem um pouco sobre o assunto abordado no experimento do que eles responderem todo o questionário sem aprender o conceito suficientemente.
Rafael:
Senti que os alunos tiveram grande empolgação em manusear os materiais dos experimentos. Havia muita coisa e o interesse maior se voltou para a palha de aço e bateria. Perguntavam se dava choque e a curiosidade deles os envolviam bastante.
A parte do clip consideramos que fosse melhor dobrar algumas vezes ao invés de quebrar, pois, o efeito não era perceptível. Foi o que aconteceu em alguns grupos (minoria), no qual o clip não havia esquentado. É obscuro portanto, o que se passa na cabeça do aluno quando o experimento não ocorre como previsto ou discutido. Ou seja, o que será que o aluno conclui quando a teoria não bate com o experimento prático. Normalmente, estou intervindo, explicando teoricamente os fatores que podem estar influenciando.
Uma mania minha que atrapalha numa atividade investigativa continua sendo a resposta direta. Ou seja, há momentos que o aluno faz alguma pergunta e então eu dou a resposta direta ao invés de questioná-lo. Acho que isto ocorre por dois motivos: há muito tempo estou acostumado com este tipo de interação, sendo que até mesmo na faculdade estamos acostumados a chegar na resposta e não a questioná-la. O outro motivo pode ser que a pergunta que o aluno faz tem uma explicação complexa, com uma base teórica forte, de modo, que só retornando com uma outra pergunta ou fazendo o pensar não seja suficiente para ele encontrar a resposta. Por exemplo, quando a explicação envolve um conceito microscópico. Mas em outros momentos, percebe-se que os experimentos permitem que questionamos os alunos fazendo-os refletir.
Enfim, nesta aula foi muito nítido que os alunos se empolgam com a física ou com a brincadeira quando se traz materiais para manusear e investigar. Vale lembrar que experimento não é a única estratégia didática que o professor pode utilizar em sala de aula.
Comentários sobre o registro dos alunos:
Dos dezesseis grupos (somando as duas turmas), apenas um respondeu por completo o roteiro, sendo que cinco grupos responderam até o item (a) do “Pense nisso”. Dando uma olhada geral nas respostas dadas, percebemos que ocorreram hipóteses bastante variadas para uma mesma questão. Para exemplificar, destacamos a parte da atividade que pede aos alunos para encostarem a mão no pescoço. Um grupo respondeu que sente o pescoço mais quente que a mão por causa da corrente sanguínea presente no pescoço, exercendo assim o papel de fonte de calor. Outra resposta diferente sobre este mesmo tópico diz que a mão estava mais quente que o pescoço, e a mão sente a ‘frieza’ do pescoço. Um outro ainda diz que o aquecimento de um “se faz a partir da ligação das moléculas e a outra a partir do atrito”.
Para explicar a mudança de temperatura no clip’s também existiram respostas diferentes, sendo que podemos agrupá-las em três grandes grupos. Um grupo de respostas se concentra em dizer que a temperatura aumentou por causa da transferência de energia do nosso corpo ao metal, fazendo com que este se aqueça. Dentre os nove grupos que forneceram esta resposta, não houve a problematização sobre a região específica do metal que se aquece, pois se o nosso corpo transferisse calor para o metal, por que só a região dobrada se aquecia. Outro grupo de resposta encontrada, os alunos responderam que o aquecimento ocorria por causa do rompimento da estrutura das moléculas do material, liberando assim calor. O terceiro grupo foi uma tentativa de englobar as duas concepções: transferência do calor humano para o material e a desestruturação dos arranjos moleculares devido ao movimento que fazemos.
Na etapa do gesso, dois grupos não citaram se haviam percebido a elevação de temperatura quando o gesso endurece. Quatro grupos não responderam a esta questão. A grande maioria identificou que a fonte de calor neste caso é o pedaço de gesso que está no interior do copo, além de ficar duro e mais pesado.
Na parte “Esquentando a palha de aço”, dois grupos não responderam a questão. Um grupo identificou três transformações para a queima da palha de aço: química em elétrica e depois em calor. Os outros grupos citaram que ocorria transformação de elétrica em calor.
No item “Pense nisso”, apenas um grupo desenhou as situações vistas na aula e tentou representar como ocorria a liberação de calor. Outro grupo tentou fazer uma relação com as atividades vistas com o pneu de um carro que se aquece após uma freada. Os poucos alunos que responderam o item (a) citaram os fatos observados durante aula: movimento das mãos, a deformação do clip’s, queima da palha de aço e a reação química do gesso.
|