Na última quarta-feira, 27 de Abril fomos a escola Andronico de Mello, tivemos muita dificuldade com o transporte e não conseguimos chegar a tempo para a primeira aula, inclusive a aluna Vivian estava em uma reunião de Comissão e saiu antes do término para que houvesse tempo de chegar a escola, ainda assim não foi possível pegamos muito trânsito.

Chegamos a escola por volta das 17:30 h no início da segunda aula, nos dirigimos imediatamente ao laboratório onde encontramos o professor Rafael, nosso colega Daniel junto com a turma. Como a turma estava agitada, começamos a ajudar na orientação sobre o experimento.

Os alunos estavam com muita dificuldade de compreender o experimento em si, e também em relação ao conceito físico de velocidade. Gastou-se muito tempo para fazê-los entender de maneira prática esses conceitos.

Somente quatro dos oito grupos chegou a fazer o gráfico, parte da atividade proposta, percebemos que os alunos tiveram muita dificuldade para construir o gráfico inclusive em um dos grupos presenciamos o professor construindo o gráfico para eles.

Como não havia tempo para realizar todos os itens do experimento, o professor pediu para que recolhecemos o material e encerracemos, assim a aula terminou 10 minutos antes do horário.

  Foi planejado conversar com a professora Mirian sobre:
- Uma explicação prévia e superficial sobre o assunto sobre o qual tratava o experiento;
- a maneira de dividir os grupos levando em consideração os kits de experimentos;
- informar o funcionamento dos equipamentos e falar sobre o experimento em si, além de falar sobre o preenchimento relatório e ajustes devido as condições de tempo para efetuarmos as medições;
- Orientá-los sobre como dividir as funções no grupo para conseguir aproveitar a experiência (isso dando também abertura para eles escolherem os metodos deles)
e por fim mãos a obra.
Mas este não foi possível de ser executado, pois ao encontrar o professor Jorge (coordenador da escola) foi nos informado que a professora Mírian estava em licença prêmio e estavam verificando a contratação de outro professor.A diretora, segundo o coordenador, informou não ser possível a nossa entrada à sala de aula sem o acompanhamento de um professor, e ao voltar ao Instituto de Física foi informado ao monitor osvaldo do ocorrido.

Gilmar (Esse foi apenas meu ponto vista)

Relatório de aula experimental EE Andronico de Mello

Sexta-feira, 29 de Abril de 2011

Horários: 15:50-16:40 e 17:40-18:20

Estávamos um pouco preocupados com a questão do material, se estaria todo disponível quando chegássemos na escola. A princípio o Élcio havia nos dito que o material em si, no caso os tubos com óleo, cronômetros e imãs, estaria na escola mas deveríamos retirar a pasta com os roteiros antes no laboratório. Foi o que tentamos fazer na quinta à noite, no horário de aula, sem sucesso.

Na sexta, por volta de 14:00, telefonamos para a professora para perguntar sobre os roteiros mas também não conseguimos falar. Logo, optamos por imprimir a versão que havíamos elaborado com base na oficina didática.

Nos programamos para as aulas com o 1ºI e do 1ºK. No entanto não tínhamos certeza se o professor estaria a par do que aconteceria, uma vez que não conseguimos fazer o HTPC com ele pois o mesmo é lotado em outra escola, não fazendo HTPC no Andronico.

Houve certa dificuldade para entrar na escola, uma vez que os portões se fecham ninguém responde ao interfone. Quase não conseguimos entrar.

Ao chegar na sala de professores conversamos pela primeira vez com o Rafael. Felizmente ele já nos esperava e estava ciente do trabalho a ser realizado, pois não seria possível realizar o trabalho se o professor tivesse programado outra coisa para o dia, como, por exemplo, uma prova...

No laboratório da escola encontramos o material do experimento em uma caixa, completo e em quantidade suficiente.

Em ambas as turmas gastamos de 5 a 10 min para começar, tanto para esperar os alunos chegarem como para conseguir a atenção deles.

Com a ajuda do professor buscamos organizar a turma em trios, entregando um tubo e um cronômetro para cada um. A princípio o professor não recomendou o uso dos imãs, mas achamos por bem distribuir igualmente um imã para cada grupo do 1ºI.

Nos apresentamos rapidamente e explicamos o experimento com os tubos, passando instruções básicas sobre as medidas com o cronômetro.

Daí em diante o trabalho transcorreu percorrendo grupo a grupo e tirando as dúvidas, no que o professor foi bastante solícito e ajudou muito.

Vários alunos tiveram uma mesma dúvida: por que a repetição da medida não ficava IGUAL?

Tentamos explicar que essa é a natureza de todo experimento e para isso tiramos a média das medidas repetidas, assim como também o aparelho tem o seu erro e é muito difícil acertar o mesmo centésimo de segundo com a mão.

Todos alunos preencheram as tabelas de dados completamente, calculando ainda o intervalo de tempo médio e a velocidade média. No roteiro desenvolvido por nós excluímos uma linha e uma coluna de medidas, ficando a cronometragem dos 4 trechos finais do movimento repetida uma única vez. Ou seja, um total de 8 dados da bola de aço e 8 da bolha de ar. Também incluímos um “passo intermediário” com relação a elaboração dos gráficos, que seria uma terceira tabela de mais fácil preenchimento. Todos alunos preencheram à lápis as tabelas.

No 1ºI formaram-se 8 oito grupos, de um total de 26 alunos presentes. Foram 6 trios e 2 quartetos. Dois grupos não chegaram a fazer nada da terceira tabela. Quatro grupos conseguiram preencher totalmente essa terceira tabela (de preparação dos gráficos). Dois grupos preencheram apenas parcialmente a mesma. Apenas um grupo chegou a nomear os eixos do primeiro gráfico e ensaiar a montagem de uma escala. Ao final do trabalho com esta turma estávamos recolhendo o material, colocando os tubos de volta na caixa e juntando os imãs, chegamos a formar um “bastão” com todos os imãs e deixamos 5 s na mesa ao lado da caixa. Ainda havia uns dois alunos por perto na sala. Foi o tempo de recolhermos mais um ou dois tubos na caixa e já não encontramos mais os imãs aonde foram deixados. Logo, o 1ºK acabou fazendo a experiência sem os imãs...

No 1ºK formaram-se 9 grupos, com um total de 29 alunos presentes. Foram 5 trios, 3 quartetos e uma dupla. Houve um trio que preferiu copiar de outro trio, não coletando seus próprios dados. Seis grupos completaram totalmente a terceira tabela. Dois grupos não chegaram a preencher nada da mesma. Dois grupos chegaram a nomear os eixos dos dois gráficos, mas foi o caso dos trios que copiaram um do outro.

Para concluir, podemos dizer que, em geral, os alunos entenderam bem a proposta e conseguiram trabalhar de forma satisfatória dentro do tempo disponível. Recolhemos os roteiros para poder melhor embasar este relatório. O preenchimento parcial da parte de análise de dados e dos gráficos foi sobretudo pela falta de tempo. Houve bastante empenho dos alunos na atividade. Combinamos com o professor retornar os roteiros para ele trabalhar em sala de aula, eventualmente permitindo que os alunos completem os gráficos.

Nesta primeira atividade em sala de aula que foi o meu primeiro contato com alunos do ensino médio de escola pública tive um choque com a realidade que encontrei. Dentro da sala de aula no início tive houve um pequeno conflito entre o professor e alguns alunos mas transposto este empasse mas ainda chocado ao ver três moças de aproximadamente 17 anos gravidas na sala optei por começar minha aula contando um pouco sobre minha história de vida, dado que esta era a única pergunta que todos me faziam.

Comecei a falar para eles que moro numa região próxima a deles e com uma realidade identica a de todos que ali estavam. Contando minha exeriência pessoal e de como enfrentei e enfrento problemas como probreza, preconceito racial e socioeconomico obtive algo que a princípio não esperava, o respeito e serta admiração dos alunos, pois, eles viam em mim alguém que é como eles tem uma vida dificil como a deles e por estar em uma grande universidade brasileira "venceu" na vida.

Preferi neste primeiro contato visto que estava "conquistando" os alunos preferi não trabalhar nenhum experimento de Física e continuar conhecendo os alunos "entrevistando" eles, perguntando sobre o que eles acham da escola, sobre o porque estudar, porque frequentar a aula, porque fazer provas e uam pequena discução sobre o primeiro emprego.

Sei que este não era o foco da atividade mas como foi meu primeiro contato preferi me interar mais sobre a realidade que me acomanharia.