Relatório da quarta experiência

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Nome do grupo (dupla ou trio): Fabiano Aparecido Nunes nºusp: 5897104 e Felipe Leonardo Ferreira nºusp: 6452617
Nome da escola: Amorim Lima
Nome do professor (a): Marymar
Experiência: Relatório da Atividade 4 e Análise dos roteiros entregues pelos alunos
Relatório:

Fabiano Aparecido Nunes nºusp: 5897104

Felipe Leonardo Ferreira nºusp: 6452617

 

Relatório da Atividade 4 – Amorim Lima

 

A energia dos alimentos e a respiração

 

Na segunda-feira (6/06/ 2011) novamente a escola Amorim lima foi visitada. O objetivo nesse dia era realizar junto aos alunos do sétimo ano do ensino fundamental 2 o experimento número 4 intitulado energia dos alimentos e respiração.

A atividade consistia em acender três velas com tamanhos iguais para apagar duas delas com o método de retirada de uns dos elementos da combustão. No caso dessa experiência, foi retirado o comburente oxigênio por meio de uso de recipientes de vidro de tamanhos distintos e, consequentemente, com volumes distintos. A idéia era trabalhar a importância do oxigênio no processo de combustão e respiração, pois, afinal, em ambos ocorre a formação de gás carbônico após o consumo de oxigênio. 

Antes do início do experimento houve o mesmo contratempo da semana anterior: O kit do sétimo ano não havia sido entregue até então. Isso gerou momentos de grande tensão, pois, foi necessário improvisar pegando materiais de outros kits (como os da sexta série) para tornar viável a realização do experimento. Em linhas gerais, houve dificuldade de chegar ao objetivo central da experiência que necessitava comparar o consumo de oxigênio das velas com recipientes diferentes. Pois, não havia recipientes com volumes distintos para todos como também não havia tampas de garrafas de refrigerantes para fixação das velas visando a higiene mínima. A saída encontrada foi utilizar um recipiente de plástico, que servira para guardar as velas, como elemento chave de comparação do consumo de oxigênio com os outros recipientes. Como o volume de tal vasilhame era bem maior que os outros foi nítida a diferença de consumo e tempo que as velas demoravam para apagar.

Na realização do experimento as turmas foram divididas em grupos, divisão esta que já estava pré-estabelecida segundo normas do projeto político pedagógico do colégio. Os alunos receberam os kits e fomos acendendo as velas gradativamente por conta da existência de apenas um recipiente diferente.

Alguns alunos conheciam o efeito provocado pelo uso do copo na queima das velas. Entretanto, a maioria não sabia explicar com conceitos teóricos como isso ocorria e qual a sua relação com a respiração humana. A curiosidade gerada pelo apagar das velas em tempos diferentes foi classificada como “mágica” por alguns. Houve uma tentativa de desconstruir tais ideias miraculosas introduzindo os principais conceitos inerentes aos processos respiratórios e de combustão, o que provavelmente foi bem recebido pelas turmas.

A maior dificuldade dos participantes foi na redação dos roteiros. Muitos se sentem desestimulados em preencher o roteiro por motivos que ainda são desconhecidos para nós.

As turmas se mostraram bastantes interessadas na experiência e até os alunos mais “problemáticos” realizaram-na, pelo menos enquanto a atividade estava na parte empírica. Entretanto, é prudente fazer uma ressalva quanto a semente de uma postura individualista que surgiu. Um aluno, caracterizado por sua postura indisciplinar e desrespeitosa, tentou fazer todo o experimento sozinho. Como havia poucos materiais devido ao incidente de entrega, essa possibilidade fora descartada e o aluno foi orientado a juntar-se com outros colegas. Esse mesmo discente tentou guardar velas em seus bolsos; tentativa frustrada, pois, houve vigilância constante durante esse período.

A atividade foi o tempo todo bem visual de modo a tentar tornar o entendimento do conceito mais fácil e divertido. Inclusive houve um esforço por parte da professora Marymar para interdisciplinarizar os conceitos físicos com os da biologia, ao chamar a atenção para o fato de haver semelhanças com a respiração das folhas das plantas.

 

Análise dos Roteiros

Para uma melhor análise dos roteiros dos alunos, optamos por analisar o 1 e o 2 juntos, pois os conceitos envolvidos estão intimamente ligados (energia dos alimentos e tipos de alimentos), já os roteiros 3 e 4 têm suas análises individualizadas.

 

Correção: roteiros dos experimentos 1 e 2.

 

Segue um parecer da correção dos experimentos 1 e 2.

1) Energia dos alimentos

Bons roteiros: 10

Médios roteiros: 10

Ruins: 9

 

2) Tijolinhos dos alimentos

Bons roteiros: 8

 

Médios roteiros: 17

 

Ruins: 10

 

Critérios de correção: Os considerados bons são os que de alguma forma contém reflexão sobre os conceitos trabalhados nos experimento. Os médios são os que, em geral, não mostram que houve reflexão e limitam-se a apontar respostas certas e erradas tendo, muitas vezes, erros conceituais. Os ruins são os que não aceitaram a proposta de elaboração do roteiro, deixando muitos campos em branco ou até mesmo o roteiro como um todo. É importante ressaltar que não há uma tendência de desprezar as respostas com erros conceituais. Afinal, todas elas são coerentes com algum modelo ciêntífico aceito como paradigma outrora. Logo, no processo de construção do espírito científico é razoável perceber o que motivou os alunos a chegarem até tais conclusões e como fazê-los perceber seus pontos fracos e inconsistentes.

Parecer geral: Nota-se que muitos alunos deixaram de preencher os roteiros. Entre os que preencheram, há um índice razoável de cópias idênticas. Entre os que de fato refletiram sobre os conceitos inerentes aos experimentos, há boas conclusões e entendimentos sobre a relação calor-energia dos alimentos e composição básica dos mesmos. Nota-se que o conteúdo teórico trabalhado nas aulas da professora Marymar foi contributivo no entendimento de muitos conceitos.

  Muitos alunos não conseguiram associar o conceito de energia com o de calor. Para eles, não foi imediato a ideia de que o calor pode ser entendido como energia em trânsito. A conversão de energia "interna" dos alimentos em energia térmica talvez não tenha ficado evidente para muitos. Tal resultado sugere uma ênfase no processo de construção de tais elementos teóricos junto aos educandos. 

 

 

 

Correção dos roteiros do experimento 3

 

3) Fazendo um “mapa” dos alimentos

 

Bons roteiros: 15

Médios roteiros: 12

Ruins: 7

 

Esta atividade consistia basicamente na construção de gráficos; um relacionando os alimentos com as suas respectivas quantidades de proteínas, outro com a quantidade de gordura e um último com a quantidade de carboidrato.

Para identificar os gráficos de barras os alunos escolhiam uma cor para cada alimento, uma impressão que tivemos da sala foi que eles gostaram de utilizar os lápis-de- cores e a própria professora Marymar nos confirmou que os alunos daquela série tem uma certa preferência por atividades artísticas.

Antes de começar o experimento pensamos que os alunos teriam dificuldades com a questão da escala dos gráficos mudarem de um para outro, na própria sala de aula pudemos constatar que poucos alunos encontraram esse entrave, depois descobrimos que boa parte da turma já havia visto coordenadas cartesianas em matemática. Pelos roteiros entregues pelos alunos isso ficou muito claro, as escalas estavam certas em quase todos e as cores e modos de pintar eram dos mais diversos.

Colocamos questões de comparação dentre os três gráficos e todos que haviam desenhado corretamente responderam de forma correta; depois de concluídos os gráficos a resolução das questões se dava de modo muito visual, o trabalho maior foi realmente colocar os dados corretamente no papel quadriculado. Cada alimento estava representado por uma cor, a comparação entre os três desenhos acontecia de modo muito simples e direto.

Como de costume nos roteiros da própria escola, acrescentamos um item que indagava o que os alunos aprenderam com atividade realizada e para expressar os conhecimentos adquiridos na forma de um desenho, os alunos não gostam muito desse tipo de exercício, porém é interessante ver o que escrever e desenham sobre a experiência. Neste caso a atividade era mais teórica, o que a grande maioria respondeu foi uma descrição dos gráficos e os desenhos foram diversos, muitos esboçaram os alimentos, panelas com os alimentos dentro e uma chama embaixo (evocando a experiência 2).

De um modo geral essa foi a experiência em que a 7º série se saiu melhor de acordo com os critérios que definimos nos roteiros 1 e 2 acima.

 

Correção dos roteiros do experimento 4

 

4) A energia dos alimentos e a respiração

 

Bons roteiros: 8

 

Médios roteiros: 18

 

Ruins: 6

 

Está foi a última experiência realizada no primeiro semestre de 2011, uma impressão nossa, pelo menos nos dias de atividade de laboratório, é que a turma da 7º série como um todo nunca está totalmente completa, alguns alunos tem um índice de faltas muito alto por motivos que ainda não sabemos.

Nesta atividade, mais do que nas anteriores foi notado um número razoável de roteiros iguais que foram conceituados por nós como Médios, pois mesmo sendo cópias não haviam atingido o objetivo de forma completa. Poucos entregaram folhas em branco, pelo menos alguns itens sempre eram respondidos.

Por ser um experimento com velas e fogo, ele chamou bastante a atenção dos alunos, a classe demonstrou ter gostado bastante, apesar do improviso dos equipamentos ocasionado pelo extravio do kit original. Ao final de cada roteiro sempre alguns alunos perguntam sobre a próxima atividade, demonstrando algum interesse.

Como mencionado acima tivemos um pequeno problema com o aluno que queria fazer o experimento sozinho e levar as velas para casa, por se tratar de um aluno já com um longo histórico de indisciplina tivemos que ser mais ríspidos, pois ele se negava a entregar os objetos do kit. Contudo mesmo ele respondeu o roteiro, não em sua totalidade, mas de forma parcial.

De um modo geral a grande maioria constatou a diferença no tempo que as velas levaram para se apagar quando cobertas pelos recipientes de tamanhos diferentes, alguns já detinham conhecimento prévio sobre o fenômeno da combustão, contudo em todos os grupos nós explicamos os conceitos envolvidos e ao final da atividade reforçamos o conhecimento daquele dia com um dialogo reiterando os princípios.

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