Relatório de Atividades nas escolas - 9º Experimento

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Nome dos integrantes: Daniel, Florindo e Stefan
Nome da Escola: Amorin Lima
Experiência: Puxando o Carrinho
Educador: Vera
Turma: 1º's A, B e D
Relatório:

                A primeira parte do experimento consistia na utilização do dinamômetro como indicador de força para que, dada uma força constante, o que acontecia com a velocidade do carrinho puxado? Levando assim a constatação que mesmo com uma indicação fixa de força dada pelo dinamômetro, o carrinho não dispunha de velocidade constante, forçando assim à vinculação da existência de uma aceleração constante para uma força constate.

Mesmo com a idéia bem firmada e previamente discutida acerca do experimento, houve uma grande dificuldade de executá-lo, visto que um dos materiais indicados no Item 1 não foi enviado à escola: o dinamômetro.

Sem o dinamômetro não era possível realizar experimentos que dependiam da ciência do valor de força, visto que sem um instrumento calibrado, as análises quantitativas caem por terra e nesse caso, prejudicam também uma discussão qualitativa. Porém, na tentativa de sanar essa grande dificuldade, tentamos contornar a situação utilizando um elástico no lugar do dinamômetro e fizemos uma discussão prévia acerca da relação entre a “quantidade que o elástico estica” e a força nele aplicada. Fazendo assim uma ponte com a lei de Hooke discutida na aula anterior. Assim, se tentássemos puxar o elástico de modo que ele ficasse esticado a “mesma quantidade” durante todo o tempo do “puxão” poderia dizer que o corpo estava sendo puxado por uma força de aproximadamente o mesmo valor.

Após iniciada a primeira parte da experiência com a primeira turma, os alunos tiveram grande dificuldade em notar que a velocidade do carrinho mudava com o “puxão”. Não era para menos. O elástico tinha uma constante elástica muito maior que a do dinamômetro em que a experiência foi idealizada e previamente treinada. Com isso, tivemos a idéia de trocar o carrinho pelos potes com as bolinhas, já que esse tinha um atrito maior com a superfície onde estavam sendo realizadas as experiências. Acabou por dar certo mas também contou com grande desconfiança dos alunos, pois devido ao, digamos, mal começo com relação aos materiais, vivam perguntando o que garantia que a velocidade mudava de fato e não eram eles que estavam puxando mais o elástico com medo de o mesmo voltar ao estado natural, resultando assim em um aumento da velocidade. Perfeitamente justo.

Alguns grupos tentaram verificar que a velocidade realmente mudava fazendo a experiência no chão e começando com uma velocidade muito baixa, assim, para um espaço bem grande (todo o chão da sala) se a velocidade realmente aumentava constantemente, até o fim do recinto ela teria aumentado de modo bem notável. E de fato, toda a sala observou o pote do grupo que decidiu fazer essa experiência, entre o começo e o fim da sala tinha sua velocidade mudada bruscamente.

Devido a todo esse transtorno, acabamos por preferir focar o tempo de experimentação apenas nas atividades 2-a, 2-b e 3. Pois envolviam situações parecidas, dispensando assim um novo e longo contorno na falta de equipamento. Por tal motivo as atividades 2-c e 2-d não foram realizadas, além do que, era muito parecida com o experimento realizado semanas anteriores sobre lei de Hooke, e que o único atrativo novo seria uma medição quantitativa da força peso por meio do dinamômetro.

Dadas as circunstancias e soluções já pensadas sobre as experiências, a atividade 2-b foi realizada com maior tranqüilidade, visto que a mesma consistia em comparar a “deflexão do elástico” com o número de bolinhas que havia dentro do pote, e depois procurar ver as conseqüências do movimento do pote ao puxar com o elástico exibindo a mesma deflexão. As turmas, de modo geral, compram bem a idéia de que uma força constante causava uma aceleração constante (exceto a primeira turma, que devido as dificuldades descritas se negavam a afirmar que a velocidade do carrinho/pote aumentava), e a partir daí não tiveram dificuldade de extrapolar qual seria a interação da força com diferentes massas.

“Com o aumento da massa do pote/carrinho aumenta seu peso, que aumenta sua interação com o plano de apoio que aumenta o atrito e que por sua vez aumenta a força necessária para que a aceleração do corpo seja parecida com a do corpo de menos massa”. Salvo algumas ressalvas, podemos dizer que esse foi o pensamento unânime dos alunos, visto que o experimento anterior (experimento 8) tinha como tema o atrito, causando até perguntas do tipo “esse é que nem aquele experimento, né !?” para os que não lembravam o caminho lógico, mas era claro que tinham uma explicação na ponta da língua. A dificuldade encontrada foi em uma extrapolação feita por um dos monitores sugerindo que “e se não tivesse atrito?”. Tal pergunta causou uma comoção geral, pois parecia que não era mais claro a relação entre força e aceleração. O vinculo era no “arrastar no chão”, mas nada geral.

Sobre a ausência de atrito surgiram idéias bem diversas, como quando perguntado: “Se colocado um armário bem pesado sobre um chão muito, mas muito encerado. Mais encerados do que aqueles em que você não consegue parar em pé. Será que eu consigo empurrar o armário sem fazer muito esforço?”. Não havia consenso. Algumas turmas tiveram alunos que tentaram elaboraram teorias do tipo que para que se consiga empurrar um corpo, a força tem de ser maior que o peso ou outros “contornos” para vincular a idéia de força aplicada e o atrito do corpo.

Para tentar desvincular a “dificuldade” de movimentar um corpo com o atrito que ele tem com o chão, procuramos trazer a tona a ultima atividade, que apesar de ser, digamos, experimentos mentais para quem não havia passado por tal situação, que envolvia skates. Porém, a primeira sala insistiu bastante na idéia do atrito, apesar de por fim concordar que uma força constante, causa uma aceleração constante.

De modo geral, tivemos bastante dificuldade em realizar os experimentos (por falta da falta dos dinamômetros) e de lidar com os pensamentos dos alunos travados no “mundo real” (O que é uma boa coisa), já que para certas extrapolações (como o caso da inexistência de atrito) é necessário um desvinculo das experiências pessoais e utilizar a imaginação. Apesar de tudo, podemos concluir que a experimentação teve um aspecto positivo com relação aos objetivos propostos e as dificuldades esperadas por partes dos alunos.

 

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