Relatório de Atividades nas escolas - 11º Experimento

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Nome dos integrantes: Fábio Pinheiro e Leonardo Werneck
Nome da Escola: E.E. Andronico de Melo
Educador: Rosane
Experiência: A Luz e as suas propriedades (2ª parte)
Turmas: 3º E e 3º F
Relatório:

Neste último dia de estágio, realizamos a segunda aula experimental sobre a luz e as suas propriedades. Como trabalharíamos com fontes de luzes coloridas e analisaríamos as possíveis interações entre elas, tivemos que providenciar um local escuro. Portanto, esta aula foi realizada no auditório do colégio. E para a nossa sorte, o auditório possuía um grande telão branco, onde projetamos as luzes e sombras específicas que seriam analisadas junto com a classe.

Como na primeira aula sobre a luz, decidimos que esta segunda também seria, em sua maior parte, expositiva. No início, recapitulamos rapidamente as propriedades da luz vistas na primeira aula, como absorção e reflexão. Em seguida, apresentamos alguns experimentos históricos importantes para a Física que foram realizados através do conhecimento das propriedades da luz, como a observação de Erastótenes sobre as sombras de construções em duas cidades, há cerca de 2 séculos a.C.. A partir de suas observações, Erastótenes concluiu que a Terra era esférica e pode até calcular o seu raio com muita precisão. Após falar de outros experimentos históricos envolvendo a luz, lançamos algumas perguntas à sala sobre determinadas situações envolvendo a luz e deixamos um pequeno tempo para que os alunos discutissem para encontrar a melhor resposta.

Em seguida, trabalhamos com três luminárias, cada uma de uma cor: vermelho, azul e verde. Projetamos essas três luzes no telão e enquanto manipulávamos as luminárias a fim de provocar “misturas” entre as luzes, fazíamos perguntas à sala.

Como o assunto era “mistura” de cores e a percepção humana sobre a luz, falamos para a classe sobre curiosidades interdisciplinares, como o incômodo que sentimos ao sair de uma sala de cinema e como o camaleão consegue mudar a cor de sua pele escamosa.

Ao fim do experimento, percebemos que faltavam cerca de dez minutos para o fim do horário da aula, então, decidimos abrir este um espaço para os alunos, para que eles pudessem falar sobre o nosso trabalho.

Para a nossa satisfação, só ouvimos elogios e que as aulas experimentais foram muito interessantes e que eles puderam aprender sobre muitos conceitos da Física. Ao falar que esta foi a última aula experimental, a sala soltou um suspiro de tristeza e acabamos sentindo aquele aperto no peito. Confessamos que, antes do início do estágio, ficamos receosos ao sabermos que lidaríamos com uma sala de terceiro colegial de uma escola estadual. E nas primeiras visitas, ficamos mais receosos ainda quando soubemos que uma das nossas turmas era considera “a pior” pela maioria dos professores. Mas, após os primeiros experimentos, o receio foi totalmente apagado e a nossa impressão foi totalmente oposta. Toda vez que abríamos a boca para falar algo, os alunos ficavam quietos e se dirigiam para nós. É claro que num momento ou outro, algum aluno fazia um comentário que fazia a turma inteira rir, mas não víamos isso como um desrespeito. Achamos que faz parte da natureza de um jovem rir e brincar. Portanto, ao longo dos estágios, brincávamos cada vez mais durante as explicações, chamávamos alunos para participarem na lousa e os deixávamos constrangidos propositalmente, enquanto o resto da sala se divertia. Percebemos que essa estratégia, nada tradicional, aumentava ainda mais a atenção da sala e servia como válvula de escape para uma manhã vivida numa aula de Física. E assim, os alunos ficavam cada vez mais próximos da gente. Até chegaram a comentar e reclamar de outros professores.

Então, no fim desta última aula, os alunos das duas turmas nos elogiaram de tal maneira que entendemos como conseguimos lidar com turmas conhecidas por serem bagunceiras. Disseram-nos que éramos gentis, simpáticos, pacientes e respeitosos. Acho que fizemos o simples, sem apelar e usar uma “máscara” de professor. Comportamos-nos como jovens no meio de outros. E o tal respeito ficou mais evidente no fim. As duas turmas aplaudiram por um intervalo de tempo tão grande que ficamos constrangidos e até um tanto emocionados. Porém, na segunda turma, os alunos vieram até a gente para se despedir com um abraço ou com um aperto de mão, um a um. A emoção tomou conta de nós dois então deixamos uma mensagem de apoio nas duas salas, dizendo que nessa nova fase de suas vidas, eles teriam que ser mais fortes e que deveriam acreditar em seus potenciais.

E nos últimos minutos na escola, acabamos tirando uma foto de despedida com a segunda turma, considerada “a pior”, porém, certamente ficará marcada como “a melhor”, onde crescemos e muito como futuros professores.

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