Relatórios da 1a atividade em aula na escola
Relatem aqui a atividade, indicando:
problemas
sucessos.
Nome do grupo (dupla ou trio): | Claudemir M. Andrade |
Nome da escola: | Virgilia Rodrigues Alves de Carvalho |
Turmas: | 1º E e 1º C |
Relatório: | Primeiro dia de visita a escola. Cheguei por volta das 16:20, minha aula começaria as 16:40. Tive um pouco de dificuldade em entrar na escola, e imagino que isto só tenha ocorrido porque justo hoje foi aplicado o Saresp. A princípio a senhora que estava na secretaria não queria me deixar entra, segundo ela não estava tendo aula e, portanto não faria sentido eu entrar. Eu insistir que queria falar com o professor, coordenador ou alguém da diretoria, no entanto ela continuava insistindo que não podia me deixar entrar, pois eles estavam aplicando a prova e não faria sentido eu entrar e de fato concordava com ela, até que perguntei o seu nome, Marli. Ela mudou completamente, disse que não podia resolver meu problema e que chamaria a coordenadora. Entrei e fui muito bem recebido pelo professor que já descia as escadas para me encontrar. Ele confirmou o que já haviam me dito, mas eu insistir que queria conversa com ele, caso ele dispusesse de tempo. Fomos à sala dos professores. Lá fiquei sabendo que só havia turmas do 1º ano à tarde, fato que me chamou muito a atenção, já que minha turma teoricamente era 2º ano. Aparentemente a tabela que esta no moodle (PLANILHA TODOS ESTAGIÁRIOS POR ESCOLA ), esta incorreta, detalhe eu havia me baseado por ela. Eu me ofereci para pegar além da minha turma das 16:40 as 17:30 1º E a turma seguinte 17:30 as 18:20 1ºC. O professor aprovou e trocamos e-mails para ampliarmos o contato. Gostei do primeiro encontro, foi proveitoso, apesar de não ter realizado a atividade que estava programada e não ter conhecido a turma. |
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Nome do grupo (dupla ou trio): | Daniel |
Nome da escola: | Andronico Mello |
Turmas: | 1o. G e 1o. J |
Relatório: |
Relatório Escola: Prof Andronico Mello Experimento: Velocidade no tubo Nome: Daniel Luquez Vianna – n° USP: 5992556
Ficou acordado com a profa. Vera que, por conflito de horário com meu estágio remunerado, compareceria às quartas-feiras das 16h30min às 18h20min junto com a equipe já formada: Talita e Vivian. A primeira interação se deu com o 1° G, no dia 27 de abril de 2011, turma pertencente ao professor Rafael. Minutos antes da aula começar, fui comuncado que as integrantes do grupo iriam se atrasar por problemas de transporte e notei que não havia apostilas o suficiente para os alunos (e ademais, as mesmas não eram aquelas que nosso grupo havia editado na oficina). O professor sugeriu distribuí-las para cada grupo de quatro integrantes. Havia assim, oito grupos no total. Em meio a moderada conversa paralela esqueci de me apresentar e comecei a explicar o que todos deveriam fazer no experimento. A explicação me pareceu razoável, visto que todos começaram as medições. Entretanto, como esperado, as dúvidas começaram a surgir. A dificuldade imediata e mais frequente foi a maneira como os segundos apresentados no display do cronômetro (na forma 00:00:00 - minuto:segundo:centésimo de segundo) eram escritos por eles mesmos na apostila: Alguns anotavam tal como era exibido no display e posteriormente não sabiam como somar (ex.: 00:04:53); alguns de uma forma híbrida com a decimal (ex.: 00:04,53) e alguns da forma correta (ex.:4,53). Na apostila que editamos, uma das três colunas dedicada à anotação dos tempos foi suprimida, bem como as duas últimas linhas (para a anotação das distâncias); a fim de não tomar muito tempo da atividade de inferência. Entretanto, aquela não foi remetida à escola. Os alunos acabaram medindo mais dados que o esperado impossibilitando o desenvolvimento pleno das atividades destinadas à contrução dos gráficos. A primeira dúvida foi o cálculo da média. A maioria, senão todos os grupos, sabem calcular a média. Pareceu-me que, por ser um conteúdo homônino da Matemática, certo temor surgiu indicando que a transposição deste conceito entre esta ciência para a Física (nova para o 1o. Colegial) tornou-se tão ameaçador quanto libertário quando a utilidade desta operação matemática foi demonstrada no cálculo da média dos tempos, da média das notas do bimestre etc. A segunda dúvida, comum também aos calouros das Físicas (e de cursos com disciplinas de laboratório) trata de algarismos significativos. Todos os alunos dispunham de celular para o cálculo das médias, logo as operações resultavam números com algarismos desprovidos de acepção Física. Como tal conceito é difícil de compreender mesmo por calouros do ensino superior, não me ative a entrar em detalhes. Apenas suscitei a seguinte dúvida: “se vocês mediram uma coisa com no máximo duas casas depois da vírgula, como é que apareceu mais números? Vocês não tem essa precisão que a calculadora mostra. No mínimo vocês tem o mesmos algarismos depois da vírgula do cronômetro que você mediu...” Ademais (assim como calouros) os alunos preenchiam suas tabelas sem especificar as unidades. Uma vez advertidos, estes colocavam as unidades em cada célula ao lado de cada valor aferido. Indiquei que se tratava de uma boa prática laboratorial colocar as unidades apenas no início da coluna. Somente quatro grupos tiveram tempo suficiente para “virar a folha” e começar a atividade seguinte. Entretanto, a primeira ação destes grupos foi perguntar: “e agora, faz o quê?”, indicando falta de entendimento da atividade, falta de interesse ou ambos. Estas características foram reforçadas porque a apostila explicava os passos a serem feitos (construção de gráficos); e ao ter a reação de todos analisada quando o arranjo experimental (a rampa contendo o tubo) foi apresentado no início da aula: todos ficaram espantados e perguntaram “o quê é isso?” Poderíamos supor que muito embora estivéssemos apresentando uma abordagem essencialmente fenomenológica, o experimento não se assemelha em nada a alguma situação cotidiana dos adolescentes de modo a intrigá-los. Obviamente era minha responsabilidade (ou não, de acordo com o conceito de Disciplina e Matéria de Guimarães[1]) transpor a abordagem estritamente fenomenológica para o cotidiano, e foi o que tentei realizar indagando-os sobre a unidade de velocidade calculada. A resposta deles, de imediato, era em metros por segundo. Conduzi-os da unidade apresentada nas placas de trânsito, kilômetros por hora, até o “correto” para o experimento (em centímetro por segundo). Eles ou aceitaram bem ou simplesmente tomaram por verdade. Quando explicados que era necessário construir um gráfico de distância versus tempo, a reação de todos foi mais uma vez de perplexão. Foi preciso invocar o plano cartesiano da Matemática para que todos passassem a saber o que era necessário ser feito, e mesmo assim, foi preciso dizer como plotá-lo “passo-a-passo”. Somente dois grupos, dos oito, conseguiram desenhar as duas retas (da bolinha de aço e de ar). Em apenas um grupo (nenhum dos dois que conseguiram desenhar as duas retas) tive a oportunidade de explicar a relação da inclinação da reta com a velocidade. Aproveitando-me do ensejo com este grupo, tentei equacionar a reta a partir do cálculo da tangente. Fui interrompido abruptamente pelo fim da aula e pela declaração dos quatro alunos: “ainda não tivemos tangente em matemática”. Comecei a aula seguinte, ainda sozinho, com o 1o. J. Não havia mais apostilas. Copiei a tabela na lousa e solicitei a todos que passassem a limpo e logo em seguida começassem a tomar os dados. Os alunos eram muito mais barulhentos, especialmente por um grupo (mais uma vez, oito grupos foram formados). A sala apresentava as mesmas dificuldades quando aproximadamente no meio da aula Talita e Vivian chegaram afoitas pois tinham prova na USP em cinquenta minutos. A partir de então os alunos não receberam total atenção nossa pois estávamos procurando soluções no transporte de volta. Encontrei-a com uma carona. Nos cinco minutos finais, pedimos autorização do professor Rafael e saímos mais cedo.
[1] GUIMARÃES, Carlos Eduardo. A disciplina no processo ensino-aprendizagem. Didática, São Paulo, 1982, 18: 33-39. |
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