Relatórios da 1a atividade em aula na escola

Relatem aqui a atividade, indicando:
problemas
sucessos.

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Nome do grupo (dupla ou trio): Claudemir M. Andrade
Nome da escola: Virgilia Rodrigues Alves de Carvalho
Turmas: 1º E e 1º C
Relatório:

Primeiro dia de visita a escola. Cheguei por volta das 16:20, minha aula começaria as 16:40. Tive um pouco de dificuldade em entrar na escola, e imagino que isto só tenha ocorrido porque justo hoje foi aplicado o Saresp. A princípio a senhora que estava na secretaria não queria me deixar entra, segundo ela não estava tendo aula e, portanto não faria sentido eu entrar.

Eu insistir que queria falar com o professor, coordenador ou alguém da diretoria, no entanto ela continuava insistindo que não podia me deixar entrar, pois eles estavam aplicando a prova e não faria sentido eu entrar e de fato concordava com ela, até que perguntei o seu nome, Marli. Ela mudou completamente, disse que não podia resolver meu problema e que chamaria a coordenadora.

Entrei e fui muito bem recebido pelo professor que já descia as escadas para me encontrar. Ele confirmou o que já haviam me dito, mas eu insistir que queria conversa com ele, caso ele dispusesse de tempo.

Fomos à sala dos professores. Lá fiquei sabendo que só havia turmas do 1º ano à tarde, fato que me chamou muito a atenção, já que minha turma teoricamente era 2º ano. Aparentemente a tabela que esta no moodle (PLANILHA TODOS ESTAGIÁRIOS POR ESCOLA ), esta incorreta, detalhe eu havia me baseado por ela.

Eu me ofereci para pegar além da minha turma das 16:40 as 17:30 1º E a turma seguinte 17:30 as 18:20 1ºC. O professor aprovou e trocamos e-mails para ampliarmos o contato. Gostei do primeiro encontro, foi proveitoso, apesar de não ter realizado a atividade que estava programada e não ter conhecido a turma.

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Nome do grupo (dupla ou trio): Fábio Pinheiro e Leonardo Werneck
Nome da escola: E.E. Andronico de Mello
Turmas: Turma 9
Relatório:

Na última terça-feira, 26 de Abril, fomos à Escola Estadual Andronico de Mello para apresentar aos alunos de duas turmas de terceiro colegial o primeiro experimento. Como fomos de carro e chegamos às 6h30, o portão que dá acesso ao estacionamento estava fechado. Porém, logo em seguida, um professor chegou e entramos juntos. O funcionário que aparenta ser responsável pelo controle da entrada e saída nem nos viu, pois os vidros do carro estavam erguidos. Ou seja, qualquer um poderia ter entrado de carro.

 Depois, fomos à Sala dos Professores. Lá só havia o professor que entrou conosco. Como fomos instruídos a nos dirigir ao Laboratório, fomos pegar sua respectiva chave na Secretaria. Porém, não havia nenhum funcionário que pudesse nos oferecer tal chave. Tivemos que esperar uns 10 minutos até que um chegasse.

Já no Laboratório, arrumamos as mesas e as cadeiras para que os alunos pudessem visualizar melhor a lousa, já que escrevemos alguns tópicos importantes do experimento. Como o arranjo experimental era simples, foi fácil e rápido organizar o material para cada grupo.

Porém, para a aula da primeira turma, acabamos tendo pouco tempo já que a mesma demorou muito para chegar ao Laboratório. Mas nos apresentamos, falamos sobre a nossa função na escola e ainda demos uma pequena explicação sobre os conceitos envolvidos no experimento.

Foi interessante perceber que quase todos estavam discutindo o que era observado e muitos deles nos pediram uma ajuda para esclarecer suas dúvidas ou para verificar se suas hipóteses estavam corretas. E outro ponto positivo é que muitas dessas hipóteses realmente estavam corretas. Mas, como ficamos com um roteiro respondido por cada grupo, vimos uma contradição. Eles acertaram, ao falar, as explicações para os fenômenos observados. Porém, as explicações escritas estavam repletas de absurdos e observamos também vários erros gramaticais e de concordância, o que dificultou saber o que os alunos queriam explicar.

E ao fim da aula do experimento, foi gratificante que alguns vieram até nos agradecer. Em nenhum momento vimos um caso de desrespeito ou ofensa em relação a nós. Pelo contrário, nos interagimos com os alunos de uma maneira que superou nossas expectativas.

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Nome do grupo (dupla ou trio): Wellington V. Zorzetti e Bárbara S. Ferreira
Nome da escola: EMEF Desembargador Amorim Lima
Turmas: 8ª Séries G e H
Relatório:
Chegamos na escola 30 minutos mais cedo, porém como a nossa oficina precede o inervalo deles, não pudemos subir pro laboratório até que ele voltassem do intervalo.

Pegamos o Kit com a professora Joana e fomos pro laboratório. Quando abrimos o Kit vimos que estavam FALTANDO materiais: pedimos umas vasilhas de plástico (tipo tapawer) para colocar aguá e fazer a eperiência com o prego, porém não mandaram nenhuma (OBS: haviamos falado com o André, nosso monitor, e ele falou que iria ser providenciado!). Daí tivemos que ir na merenda e pedir pratos fundos de plástico para poder fazer a experiência. Essa "brincadeira" demorou 20 MINUTOS, ou seja, só nos restavam 40 minutos para explicar e aplicar a experiência.

Tambem mandaram poucas pilhas e haviamos pedido mais, pois no roteiro estava escrito apenas 1 pilha por grupo, porém com 1 pilha NÃO dava pra fazer a experiência, então mudamos pra duas. No Kit só haviam 6, ou seja, suficiente para três grupos, mas na primeira turma que pegamos haviam 4 grupos. Assim tivemos que separar um grupo para formar 3 grupos.

Devido o tempo, na primeira turma faltava 2 minutos pra acabar a aula e a segunda parte da experiência não havia sido feita, então eu e a Barbara fizemos na frente da sala pra que pelo menos eles pudessem ver o que acontece (afinal achamos que valia apena), mas eles acabaram não fazendo essa segunda parte devido o atraso de 20 min.

Na segunda turma (da prof. Solange) FALTOU sal, porque vai bastante sal nessa experiência senão não é possivel ver a condução da eletricidade em água. Novamente tivemos que ir na merenda da escola e pedir sal. Mas essa turma foi bem mais agil e eles conseguiram fazer as duas partes da experiência sobrando tempo pra gente discutir a experiência.

Um outro item que FALTOU no KIT e que PEDIMOS pra colocar (estava escrito no tampo da caixa do KIT!) foi uma tabela periódica grande (também haviamos avisado o André). Só um aluno das duas turmas levou o livro de ciências que continha a tabela periódica, o resto não levou. Ou seja, tivemos que ficar emprestando pros outros grupos o livro da pessoa.

Assim DESSA vez conseguimos contornar esses prroblemas e realizar a experiência (embora a primeira turma tenha saido prejudicada), porém numa próxima talvez não consigamos! Fica de AVISO.

PS: André, se você estiver lendo, não temos nada contra você tá! Nem sabemos se vc é um dos que monta o KIT.
Desculpem-nos pelo longo relatório, é que foram vários os problemas. (-_-).

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Nome do grupo (dupla ou trio): Antonio e Tiago
Nome da escola: Andronico
Turmas: 1ºP e 1ºQ
Relatório: Nós chegamos ao Andronico por volta das 19:00 horas.Conversamos com a professora Danila ( que já estava ciente de nossa visita por informação via e-mail), que disse não saber sobre os kits enviados pelo grupo da professora Vera.
Então descemos até a secretaria e pedimos a chave do laboratório para verificar se os kits haviam sido mandados.
Após a conversa com a professora Danila descobrimos que ela já trabalhou o experimento anteriormente com os alunos, mas que trabalharia novamente, pois agora os alunos tinham as folhas  impressas, anteriormente não.Também porque o tubo que ela possuía não tinha inclinação própria, diferente de nosso aparato, entre outros motivos também(diferença nos cálculos,por exemplo).
Por fim fomos apresentados a classe e muito bem recebidos.A professora foi muito receptiva e os alunos empenharam-se na realização do experimento, o que nos surpreendeu e muito, tendo em vista que sempre ouvimos péssimos relatos de professores de escolas públicas.
Prometemos enviar os próximos experimentos antecipadamente a Danila para que,  caso seja necessário, faça as devidas mudanças previamente e esperar a nossa próxima visita para os futuros experimentos.
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Nome do grupo (dupla ou trio): Danilo e Rodrigo
Nome da escola: Amorim Lima
Turmas:
Relatório:

    Fomos à Escola na quarta-feira às 13h. Porém, ao chegarmos a diretora (Ana) nos disse que não daria para fazermos a atividade porque haveria uma assembléia na Escola que envolveria todos os integrantes, professores, alunos e funcionários. Colocado este implecílio a diretora nos perguntou se tínhamos disponibilidade para voltar no dia seguinte. Então combinamos de voltar na quinta-feira às 13h. Entretanto, no dia seguinte também não deu para fazermos o experimento, desta vez o motivo foi as tutorias que seriam realizadas naquele dia, então a Ednéia nos pediu para que discutissemos o que fazer com relação a esta atividade que não foi efetuada na reunião da próxima terça-feira.

 

Danilo Cardoso e Rodrigo Correia.

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Nome do grupo (dupla ou trio): Amauri e Maria Beatriz
Nome da escola: Amorim Lima
Turmas: 5ª A e 5ªB
Relatório:

Não foi possível realizar a oficina, pois no dia 27 de abril (horário das 16 às 18h) a escola estava em Assembleia, o quê aparentemente durou o dia todo.

Perguntei para a Edineia quando poderíamos voltar lá para fazer a experiência e nada ficou definido. Não foi possível comparecer à escola no dia seguinte, pois era dia de tutoria.

Ficou combinado tentarmos resolver essa situação na próxima reunião (dia 3 de maio).

Oficina "Por onde anda a luz?"

Após o advento dos fatos anteriormente citados e da reunião do dia 3 de maio de 2011, foi decidido que faríamos a oficina no dia seguinte e que as turmas de 5 série fariam juntas a atividade, devido ao tamanho reduzido delas (por volta de 15 alunos cada).

Chegamos no horário combinado e não tivemos dificuldade para entrar. A professora Vilma estava na sala dos professores e logo ela nos levou até a sala da coordenação para pegar os materiais. Conversando com o outro grupo de estagiários de alunos do mesmo ano, mas do noturno, sabíamos previamente que havia problemas com o material selecionado: parte dos papéis pretos cortados por este grupo havia sumido e eles acabaram utilizando os nossos que já tínhamos feito fendas (não consideramos seguro os alunos mexerem com estilete).

A surpresa quando abrimos a caixa foi que parte dos papéis que tínhamos cortado para a construção do tubo a ser acoplado as lanternas tinha sumido também e o roteiro escolhido era diferente (o grupo de estagiários das 5 série da manhã tinham selecionado um roteiro e para não haver muita diferença entre as turmas falamos que utilizaríamos o mesmo e o grupo nos mostrou qual seria, mas não foi avisado que as meninas do grupo tinham alterado o roteiro ou nos mostraram o errado).

Quanto ao material, mais uma surpresa: como o roteiro era outro, tínhamos cortado papel preto para a construção do tubo a ser acoplado em lanternas, mas como no roteiro não havia utilidade para aqueles papéis, devem tê-los tirado, assim como o papel cortado pelas meninas. E também, não sabemos se pelo mesmo motivo (ou então por “descuido” delas, que depois da utilização jogaram fora), uma folha A2 de papel que tínhamos cortado e feito as fendas, só sobraram seis deles.

De três itens do roteiro, só foi possível realizar dois, cremos que devido ao tamanho da turma, o quê dificultou atender todos eles quando tinham dúvidas, e algumas pausas para explicações em que uma delas usamos um experimento fora do que estava planejado para a oficina. Foi notável também a dificuldade de fazê-los ler e entender o quê o roteiro pedia para começarem a realizá-lo.

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Nome do grupo (dupla ou trio): Natália Fiorini, Lucyano Santicioli, Carlos Eduardo Freitas
Nome da escola: Andronico
Turmas: 2H, 2D, 2E
Relatório:

Tivemos problemas para entrar na escola, ligamos para a escola e primeiramente ninguem atendia, depois atendiam e desligavam e depois dava ocupado. Entramos junto com um funcionario que tinha acabado de chegar e tinha a chave. Mas como um integrante do grupo já tinha conseguido entrar antes, ele começou a experiência sozinho.

A professora comentou que aquele experimento não era o que ela estava esperando, que os alunos não estavam vendo aquilo. ( ela esperava o experimento de energia)

A cada turma a professora dizia que esse não era o experimento esperado, mas que era para os alunos fazerem o que dava, pois não ia ser tempo perdido, que usariam isso no fim do ano. E pedia também que respondessem o nosso roteiro e copiassem as respostas em uma folha de caderno para entragar a ela. Depois a professora nos dava a palava ( como sempre a professora nos recebeu muito bem, e nos deixou bem a vontade na sala de aula).

Não houve problemas com os alunos, eles se mostrarm dispostos a fazer o que foi proposto, mas nenhum grupo consegui terminar o relatório (na verdade poucos chegaram ao ultimo experimento) talvez por que o roteiro estava muito longo ou por que tiveram muitas dificuldades já nas primeiras perguntas. (não só pelo conceito, mas para entender o que era pedido no roteiro)

No final a professora disse que ficou surpresa, elogiou o aproveitamento e a participação dos alunos e combinamos de nos comunicar por e-mail sobre o próximo roteiro.

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Nome do grupo (dupla ou trio): Jairo e Diego
Nome da escola: Daniel Pontes
Turmas: 2a-2c
Relatório: chegamos à escola por volta de 21:15 e só fomos recebidos as 21:30 quando os portões se abriram para os alunos dispensados, conversando com o coordenador pedagógico fomos informados que novamente a prof. Luana não se encontrava não sendo possivel portanto a realização das atividades de laboratório cujo material ja encontrava disponível na sala da professora, novamente tivemos a impressão de que a escola estava cumprindo mera formalidade em nos receber.
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Nome do grupo (dupla ou trio): Djalma e Viniciius
Nome da escola: Andronico de Mello
Turmas: 2ºC e B
Relatório: Chegamos à escola com 20 minutos de antecedência e procuramos a professora Rosane. Ela estava no fim de uma aula quando a encontramos. Antes do término de sua aula, ela nos forneceu a chave do laboratório para que fôssemos preparar as mesas para o experimento. Não demorou muito e logo ela chegou com a primeira turma, o 2ºC com 28 alunos. Rapidamente, os alunos se arranjaram nos devidos lugares, o que foi de grande valia, pois não perdemos muito tempo para organizá-los. Sendo previstos esses problemas, e encontrando algumas soluções, conseguimos administrar bem o nosso tempo. Por ter sido a primeira turma, o 2º C recebeu uma introdução teórica um pouco mais demorada, onde fizemos algumas anotações na lousa, conforme íamos introduzindo forças verticais. Foram feitos grupos de 4 a 5 alunos por grupo. Conseguimos que todos os grupos chegassem até o item 3 do roteiro, “ímãs”. Alguns conseguiram passar dessa parte, mas no geral só foram até ela. Para agilizar o experimento no 2ºB, onde tinham 26 alunos, deixamos as anotações na lousa, ganhando certo tempo na introdução teórica, o que fez com que conseguíssemos que os alunos passassem por todo o roteiro, chegando até o item 5. Isso se mostra evidente na folha entregue a nós. Durante a realização do experimento, passávamos pelas mesas tirando dúvidas e auxiliando os alunos conforme iam aparecendo problemas e questões acerca do conteúdo teórico envolvido nos fenômenos. Lidamos muito bem com a falta de material para o experimento, fazendo um planejamento prévio, juntamente com a professora Rosane, para que não tivéssemos um déficit desse material. As bexigas e sacolas, usadas pela primeira sala, foram reutilizadas pela segunda, sanando problemas de falta de material. Os alunos se mostraram muito interessados no experimento, mantendo o comprometimento em terminar o roteiro e entender a física por trás de cada fenômeno envolvido.
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Nome do grupo (dupla ou trio): Daniel
Nome da escola: Andronico Mello
Turmas: 1o. G e 1o. J
Relatório:

Relatório

Escola: Prof Andronico Mello

Experimento: Velocidade no tubo

Nome: Daniel Luquez Vianna – n° USP: 5992556

Ficou acordado com a profa. Vera que, por conflito de horário com meu estágio remunerado, compareceria às quartas-feiras das 16h30min às 18h20min junto com a equipe já formada: Talita e Vivian. A primeira interação se deu com o 1° G, no dia 27 de abril de 2011, turma pertencente ao professor Rafael. Minutos antes da aula começar, fui comuncado que as integrantes do grupo iriam se atrasar por problemas de transporte e notei que não havia apostilas o suficiente para os alunos (e ademais, as mesmas não eram aquelas que nosso grupo havia editado na oficina). O professor sugeriu distribuí-las para cada grupo de quatro integrantes. Havia assim, oito grupos no total.

 Em meio a moderada conversa paralela esqueci de me apresentar e comecei a explicar o que todos deveriam fazer no experimento. A explicação me pareceu razoável, visto que todos começaram as medições. Entretanto, como esperado, as dúvidas começaram a surgir.

A dificuldade imediata e mais frequente foi a maneira como os segundos apresentados no display do cronômetro (na forma 00:00:00 - minuto:segundo:centésimo de segundo) eram escritos por eles mesmos na apostila: Alguns anotavam tal como era exibido no display e posteriormente não sabiam como somar (ex.: 00:04:53); alguns de uma forma híbrida com a decimal (ex.: 00:04,53) e alguns da forma correta (ex.:4,53). Na apostila que editamos, uma das três colunas dedicada à anotação dos tempos foi suprimida, bem como as duas últimas linhas (para a anotação das distâncias); a fim de não tomar muito tempo da atividade de inferência. Entretanto, aquela não foi remetida à escola. Os alunos acabaram medindo mais dados que o esperado impossibilitando o desenvolvimento pleno das atividades destinadas à contrução dos gráficos.

A primeira dúvida foi o cálculo da média. A maioria, senão todos os grupos, sabem calcular a média. Pareceu-me que, por ser um conteúdo homônino da Matemática, certo temor surgiu indicando que a transposição deste conceito entre esta ciência para a Física (nova para o 1o. Colegial) tornou-se tão ameaçador quanto libertário quando a utilidade desta operação matemática foi demonstrada no cálculo da média dos tempos, da média das notas do bimestre etc.

A segunda dúvida, comum também aos calouros das Físicas (e de cursos com disciplinas de laboratório) trata de algarismos significativos. Todos os alunos dispunham de celular para o cálculo das médias, logo as operações resultavam números com algarismos desprovidos de acepção Física. Como tal conceito é difícil de compreender mesmo por calouros do ensino superior, não me ative a entrar em detalhes. Apenas suscitei a seguinte dúvida: “se vocês mediram uma coisa com no máximo duas casas depois da vírgula, como é que apareceu mais números? Vocês não tem essa precisão que a calculadora mostra. No mínimo vocês tem o mesmos algarismos depois da vírgula do cronômetro que você mediu...” Ademais (assim como calouros) os alunos preenchiam suas tabelas sem especificar as unidades. Uma vez advertidos, estes colocavam as unidades em cada célula ao lado de cada valor aferido. Indiquei que se tratava de uma boa prática laboratorial colocar as unidades apenas no início da coluna.

Somente quatro grupos tiveram tempo suficiente para “virar a folha” e começar a atividade seguinte. Entretanto, a primeira ação destes grupos foi perguntar: “e agora, faz o quê?”, indicando falta de entendimento da atividade, falta de interesse ou ambos. Estas características foram reforçadas porque a apostila explicava os passos a serem feitos (construção de gráficos); e ao ter a reação de todos analisada quando o arranjo experimental (a rampa contendo o tubo) foi apresentado no início da aula: todos ficaram espantados e perguntaram “o quê é isso?” Poderíamos supor que muito embora estivéssemos apresentando uma abordagem essencialmente fenomenológica, o experimento não se assemelha em nada a alguma situação cotidiana dos adolescentes de modo a intrigá-los. Obviamente era minha responsabilidade (ou não, de acordo com o conceito de Disciplina e Matéria de Guimarães[1]) transpor a abordagem estritamente fenomenológica para o cotidiano, e foi o que tentei realizar indagando-os sobre a unidade de velocidade calculada. A resposta deles, de imediato, era em metros por segundo. Conduzi-os da unidade apresentada nas placas de trânsito, kilômetros por hora, até o “correto” para o experimento (em centímetro por segundo). Eles ou aceitaram bem ou simplesmente tomaram por verdade.

Quando explicados que era necessário construir um gráfico de distância versus tempo, a reação de todos foi mais uma vez de perplexão. Foi preciso invocar o plano cartesiano da Matemática para que todos passassem a saber o que era necessário ser feito, e mesmo assim, foi preciso dizer como plotá-lo “passo-a-passo”. Somente dois grupos, dos oito, conseguiram desenhar as duas retas (da bolinha de aço e de ar). Em apenas um grupo (nenhum dos dois que conseguiram desenhar as duas retas) tive a oportunidade de explicar a relação da inclinação da reta com a velocidade. Aproveitando-me do ensejo com este grupo, tentei equacionar a reta a partir do cálculo da tangente. Fui interrompido abruptamente pelo fim da aula e pela declaração dos quatro alunos: “ainda não tivemos tangente em matemática”.

Comecei a aula seguinte, ainda sozinho, com o 1o. J. Não havia mais apostilas. Copiei a tabela na lousa e solicitei a todos que passassem a limpo e logo em seguida começassem a tomar os dados. Os alunos eram muito mais barulhentos, especialmente por um grupo (mais uma vez, oito grupos foram formados). A sala apresentava as mesmas dificuldades quando aproximadamente no meio da aula Talita e Vivian chegaram afoitas pois tinham prova na USP em cinquenta minutos. A partir de então os alunos não receberam total atenção nossa pois estávamos procurando soluções no transporte de volta. Encontrei-a com uma carona. Nos cinco minutos finais, pedimos autorização do professor Rafael e saímos mais cedo.



[1] GUIMARÃES, Carlos Eduardo. A disciplina no processo ensino-aprendizagem. Didática, São Paulo, 1982, 18: 33-39.

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