Quando, logo na introdução do Leviatã (Hobbes,2008:11-13), Hobbes expõe a estrutura básica de sua argumentação, faz uma distinção que já estava implícita em Os elementos e em Do cidadão. A distinção tal como estabelece agora, é entre dois mundos diferentes habitados simultaneamente pelos homens, um dos quais é descrito como o mundo da natureza e o outro como o mundo do artifício. O primeiro é composto por corpos em movimento, a vida não passa de um movimento dos membros. Já o segundo mundo, ao contrário, está centrado em um corpo criado por nós mesmos com o fim de regulamentar nossas relações uns com os outros. O nome desse homem artificial é República ou Estado, “no qual a soberania é uma alma artificial, pois dá vida e movimento ao corpo inteiro; os magistrados e outros funcionário judiciais ou executivos, juntas artificiais” (Hobbes,2008:11) e as leis uma razão artificial e uma vontade artificial (Skinner,Hobbes e a liberdade republicana:125).
Lembrando que “(...) não é dos homens no poder que ” fala Hobbes ,” e sim (em abstrato) da sede do poder (...)” qual a relação entre esse conceito (poder) e a ideia de representação na estrutura da argumentação formulada pelo autor em seu Leviatã?
Bibliografia complementar:
Skinner,Q.Hobbes and the purely artificial person of the state.
Pitkin,H.Representação: Palavras, instituições e ideias. Lua Nova, São Paulo, 67: 15-47, 2006.
Lembrando que “(...) não é dos homens no poder que ” fala Hobbes ,” e sim (em abstrato) da sede do poder (...)” qual a relação entre esse conceito (poder) e a ideia de representação na estrutura da argumentação formulada pelo autor em seu Leviatã?
Bibliografia complementar:
Skinner,Q.Hobbes and the purely artificial person of the state.
Pitkin,H.Representação: Palavras, instituições e ideias. Lua Nova, São Paulo, 67: 15-47, 2006.
Última atualização: quinta, 6 outubro 2011, 09:59