Relatório:
|
Em linhas gerais, os alunos do 3ºC e do 3ºD receberam muito bem a experiência de "Circuito Elétrico". Sempre que circulávamos pelo laboratório, víamos os alunos envolvidos com a atividade, discutindo dentro do grupo (e também com outros grupos) sobre outras possibilidades para a experiência (avaliar o brilho de uma ou mais lâmpadas quando outras associações, que não apareciam no roteiro, eram montadas; associar mais de uma pilha à lâmpada, para verificar o que acontecia com o seu brilho etc.). Evidentemente, a iniciativa de ir além do roteiro não se estendeu a todos os grupos de ambas as turmas. Num grupo do 3º C, por exemplo, havia alguns alunos que já tinha feito algum curso técnico de eletrônica e, por isso, mostraram uma certa habilidade com a manipulação deste experimento. Este e outros dois grupos do 3ºD, por exemplo, tiveram a brilhante idéia de determinar o número máximo de pilhas, em série, que poderíamos associar a uma lâmpada, sem que esta queimasse. E surpresa: acompanhando a execução desta iniciativa maluca por parte destes grupos, vimos que a lâmpada apresentava um brilho contínuo mesmo com 6 pilhas em série (isto é, mesmo quando lhe era aplicada uma força eletromotriz de 9V, que superava MUITO a sua tensão nominal de 2,2V)!
Para os estudantes, foi uma oportunidade de ver como a teoria que haviam aprendido em classe explica (ou se adequa) aos fênomenos observados diariamente. Acreditamos que, no ano, foi a primeira vez que aquelas turmas participaram de uma oficina de Física (não havia estagiários para aplicar os experimentos para estas turmas no 1º semestre). Isso, ao nosso ver, é um dos motivos que explica o porquê da participação ativa e suficiente de todos os alunos (sem exceção).
O professor (cujo nome não recordamos e que ficou algum tempo afastado no 1º semestre, por precisar cuidar de sua voz que, segundo ele, estava muito desgastada) se mostrou muito receptivo e solícito conosco. Colocou-se à disposição para aplicar o experimento junto a outras turmas que não receberiam um estagiário para aplicá-lo. Sua formação, entretanto, é em Matemática (e não em Física). E isso transparecia em alguns diálogos que mantivemos com ele durante a aplicação do experimento nas duas turmas. Ele, por exemplo, explicava a diminuição do brilho de uma lâmpada (quando outras eram associadas, em série, à inicial) usando as grandezas "energia" e "carga", e não "tensão" e "corrente". Evidentemente, sabemos que tensão guarda uma relação íntima com energia, sendo que o mesmo acontece com carga e corrente. Mas a carência do emprego dos termos mais apropriados nos gerou uma dúvida: será que ele optou por usar "energia" e "carga" para fazer com que os alunos compreendessem os fatos de maneira mais fácil (já que este conceitos são mais concretos e acessíveis) ou o que ocorre, mesmo, é a falta de domínio dos termos mais técnicos? Vamos cuidar de observar isto na próxima oficina!
Como observação final, vale afirmar que todos os grupos executaram a parte experimental; porém, faltou tempo para o preenchimento dos dois roteiros. Desta forma, o professor permitiu que os grupos entregassem os dois roteiros no dia seguinte, de modo que recolheremos a nossa via assim que retornarmos à escola.
Sem mais. Bruno M. B. Albuquerque Daniel Ortega da Cruz
|