Relatório:
|
O experimento "O campo dos ímas" (Oficina 7), aplicado junto aos alunos do 3º C e 3º D, transcorreu sem maiores problemas. A execução do procedimento experimental era muito simples e não exigia nenhum conhecimento específico da matéria. Era necessário, porém, que o aluno estabelecesse uma conexão entre os fenômenos observados e a teoria que já lhe fora ensinada. Relatar-se-ão, abaixo, alguns episódios que marcaram a aplicação desta oficina.
Em primeiro lugar, foi necessário realizar a atividade dentro das respectivas salas de aula, para que fôssemos solidários ao colega Marcelo Patrício (que aplicou, no mesmo horário(com a professora Rosane), uma experiência mais "delicada" junto aos alunos do 2º ano). Evidentemente, isso não siginificou perda nenhuma à nossa atividade.
Para incentivar a autonomia dos alunos (já que a experiência era de fácil execução), entregamos o aparato experimental e o roteiro para cada um dos grupos (em cada uma das turmas) e deixamos que estes agissem por conta própria. Colocamo-nos à disposição para ajudá-los sempre que alguma dúvida surgisse. Em resumo, notamos que a parte em que é solicitada, a cada grupo, que junte os ímas pólo a pólo pareceu um pouco ambígua. Acreditamos que, neste ponto, o roteiro não pareceu claro. Talvez, a presença de uma figura poderia tornar a situação-problema um pouco mais explícita.
Após explicarmos o que deveria ser feito nesta seção, convidavámos os alunos a responder este item do roteiro. E aí surgia um outro problema: a interpretação! Ninguém entendeu como ligar as setas desenhadas. Acreditamos que, para enxergar as linhas de campo, o aluno deveria posicionar a bússola em DIVERSOS, VÁRIOS locais (atenção para as maiúsculas, que servem para intensificar esta idéia). Não acreditamos que isso seja viável dentro do tempo disponível. Sinceramente, achamos que o simples ato de desenhar as flechas (de acordo com a orientação da bússola) seria mais útil ao aluno (servindo, por exemplo, para a identificação dos pólos magnéticos do ímã).
Como episódio interessante, gostaria de relatar que uma aluna do 3º D, tão interessada pela oficina apresentada, pediu ao meu colega (Daniel Ortega) que explicasse mais detalhadamente sobre o campo magnético terrestre e o efeito que este exerce sobre as bússolas. Daniel, com grande paciência, explicou a teoria de maneira simples e correta. A menina ficou tão impressionada que exclamou (segundo me reportou Daniel): --- Nossa! Que legal! Parece aquela "coisa" de buraco negro, né?! Acredito que, ao analisar a interação entre os imãs, ela deve ter pensado apenas na interação atrativa para poder estabelecer essa analogia. Ainda que a associação seja "defeituosa", ela apresenta o mérito da visualização da atração em ambos os fenômenos. E, neste ponto, é considerada positiva (aliás, só nesse ponto)!
Sem mais, Bruno Maurício Batista de Albuquerque Daniel Ortega da Cruz
|