Paradigmas e métodos para o design de sistemasComo vimos na aula passada, tudo parece ir na direção de que devemos ter um processo mais sistemático e orientado a modelos para design de sistemas. Com isso poderíamos ter a oportunidade de ter sempre uma visão unificada do artefato enquanto se dá prosseguimento ao aumento da informação sobre ele. É preciso ainda estar atento às oportunidades de se antecipar a formalização, mesmo dos requisitos.
Entretanto nos falta discutir qual seria a influência dos métodos de design em um processo orientado a modelos. Nesta semana começaremos a discussão dos métodos e paradigmas de design em ordem cronológica, precedidos de uma breve discussão sobre a introdução deste termo, associado ao trabalho do fisico Thomas Samuel Kuhn (A estrutura das revoluções científicas), de 1962.
A análise estruturada é o primeiro método a ser discutido, e com ele o paradigma de estruturação, resumiremos em alguns conceitos básicos. Uma representação atualizada persiste até hoje e é o sistema de representação preferido das forças armadas americanas, certamente um bom stakeholder. Um exemplo do IDEF0 aplicado à modelagem funcional de um sistma simples de matricula de alunos é mostrado na figura a seguir.

Em seguida, o paradigma mais difundido e digno de nota é o de objetos, que já foi discutido nas aulas anteriores. Entretanto nos interessa explorar agora os aspectos de complementariedade dos objetos com os módulos e as tentativas anteriores de inserir o "separation of concerns". Um ponto ainda em aberto na discussão é então a perspectiva de ter um processo orientado a modelos (model driven) e também orientado a objetos (que é a proposta atual da OMG).
Mas, certamente este é um avanço no tratamento dos métodos de design de sistemas, e que, além disso previlegia o reuso, deixando ainda a descoberto o problema da representação de rationales, discutida na aula passada. Para este caso, embora esteja fora do escopo da disciplina, recomendamos o uso de "design patterns". Um breve olhada na figura a seguir, que mostra pictoricamente a relação de eficiência entre métodos de design no que se refere ao reuso, mostra claramente a razão desta distinção.